Mick McGinty, a lenda das capas da geração 16 bits

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O desenvolvimento de games é uma atividade que envolve dezenas, as vezes centenas de profissionais das mais variadas disciplinas. Programadores, músicos, ilustradores…, mas apesar de algumas pessoas envolvidas com a criações de jogos eletrônicos terem virado verdadeiras celebridades, muitas nunca se tornaram tão conhecidas pelo grande público e uma delas foi Mick McGinty.

A incrível arte de Mick McGinty

Crédito: Reprodução/Mick McGinty

Mesmo sem que soubéssemos disso na época, Mick McGinty foi responsável pelo primeiro contato de muitas pessoas com uma grande quantidade de jogos lançados na década de 80 e 90. O motivo para isso? A arte que ilustrava a capa de diversos títulos que fizeram um enorme sucesso durante aqueles anos.

Atuando numa época em que os gráficos dos jogos nem sonhavam em flertar com o fotorrealismo, cabia a artista como ele criar ilustrações que chamassem a atenção do consumidor e que preferencialmente conseguissem passar um pouco da ideia do que encontraríamos quando colocássemos o cartucho no console.

Usando todo o seu talento, Mick McGinty conseguiu dar vida a algumas das capas mais emblemáticas da quarta geração de consoles, como por exemplo a do Street Fighter II para o Super Nintendo. Mostrando Blanka, Ryu e a Chun-li, aquela arte ficou na memória de qualquer pessoa que frequentou uma locadora quando o console da Nintendo estava no auge.


Crédito: Reprodução/Mick McGinty

Também é dele uma das ilustrações que marcou o início do Mega Drive, que foi aquela para a divulgação de um dos carros chefes do console, o Kid Chameleon. Para ela, McGinty buscou dentro da própria casa a pessoa que serviria como modelo para o descolado garoto que protagonizava o jogo. Coube portanto a seu filho Jobey o privilégio de ser eternizado na capa de um título daquele saudoso videogame e ao anunciar o falecimento do pai, que aconteceu no sábado passado (18), em uma emocionante carta ele disse:

Meu pai foi um artista incrível, como todos sabem. E no verdadeiro espírito de artista, ele nunca estava satisfeito com o seu trabalho final. Há algumas semanas ele disse que precisava de ‘apenas uma hora com algumas peças’ para ‘realmente terminá-las’. Todos nós sabíamos que aquilo não era verdade, no entanto. Papai sempre vinha visitar a nossa casa, ver algumas pinturas que fez para nós ao longo dos anos e colocava o nariz a alguns centímetros delas e falava, ‘sabe, Jobe, gostaria de ter feito as azuis mais profundos’ ou ‘você sabe que eu adoraria espalhar um pouco mais de sombra naquela árvore’ ou ‘isso realmente precisa de uma nova camada de verniz’.


Crédito: Reprodução/Mick McGinty

E por ter atuado tão fortemente num período em que as capas dos jogos tinham um papel tão importante na divulgação dos jogos, não acho exagero afirmar que a contribuição de Mick McGinty para a cultura dos videogames é algo imensurável.

Nesta excelente sequência de publicações feita pela conta VGDensetsu no Twitter, podemos ver que além de vários pôsteres e anúncios para a série Street Fighter, foi ele o responsável pelas capas de jogos como Streets of Rage 2, Off World Interceptor Extreme, Chicago Syndicate, Leisure Suit Larry 6, Zoo Tycoon, Sol Feace e tantas outras. Porém, de todas elas, a minha preferida certamente é esta feita para o primeiro Shinning Force.

A incrível arte de Mick McGinty

Crédito: Reprodução/Mick McGinty

Recentemente Mick McGinty chegou a conceder uma entrevista ao documentário Here Comes A New Challenger, onde falou sobre a criação da arte para a capa do Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting. Na conversa ele relembrou a dificuldade em recriar o golpe Hundred Hand Slap, de E.Honda, o que não impediu de alcançar um resultado muito bom, fazendo com que aquela se tornasse mais uma ilustração que entrou para a história.

Por si só, o portifólio de Mick McGinty poderia servir como uma enorme fonte de inspiração para todos que gostam de desenhar. Contudo, em um antigo site que mantinha ele deixou uma bela mensagem que tem um grande potencial para impactar todos que um dia se questionaram se realmente possuem algum talento para as ilustrações.

Sou um artista desde os cinco anos, quando lembro de ter desenhado um avião melhor que o meu irmão mais velho. Era um de asa dupla com hélice e foi encorajador porque, até então, era a única coisa que eu me lembrava de ter feito melhor. Continuei nisso e agora, quase 50 anos depois, ainda estou tentando melhorar meu processo criativo… Agora percebo que você nunca se torna realmente melhor do que ninguém… apenas mais único ao seu próprio estilo e você se torna o melhor pintor que poderia se tornar.”

Obrigado por tudo, Sr. McGinty!



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