Microsoft recupera Datacentre afundado do Projeto Natick

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Nas palavras do filósofo John Hannibal Smith, eu adoro quando um plano dá certo, e o Projeto Natick da Microsoft aparentemente deu mais certo do que o planejado.

O Datacentre antes de mergulhar (crédito: Microsoft)

Com a popularização da grande autoestrada da informação, também conhecida como Internet, precisamos de mais e mais servidores, o que significa mais e mais datacentres, uma indústria que cresceu de tal forma que não é incomum serviços com dezenas de milhares de servidores vendendo serviços de virtualização de gerenciamento de dados.

Hoje a AWS – Amazon Web Services, o Azure da Microsoft, Oracle Data Cloud e um monte de outros serviços geram e gastam bilhões de dólares, um dos principais custos é a conta de luz.

Nessa conta, um percentual mais que razoável vai para a refrigeração dos servidores. 43% pra ser exato. Computadores, como todo mundo sabe, têm o mau hábito de esquentar.

O Projeto Natick, da Microsoft, foi uma tentativa de reduzir o custo de resfriar os datacentres, sem encarecer os servidores com alterações de hardware. A rigor, foi uma versão “bota no 11” do Linus Sebastian; que tal ao invés de servidor a servidor, usar refrigeração líquida no datacentre inteiro?

Eles construíram um datacentre submarino, colocado no fundo do mar na costa da Escócia, um lugar especialmente frio. Deixado por dois anos, o equipamento com 855  servidores e 27.6 Petabytes de armazenamento funcionou direto, incluindo fazendo pesquisa para ajudar a entender o Covid-19, via [email protected].

Agora, de posse de todos os dados que precisam, a Microsoft deu por encerrado o experimento, tirou do mar o deu uma boa limpeza no bichão.

Os Resultados

Ainda não foram publicados os dados detalhados, não foi divulgado o quanto de energia foi economizada, mas há uma outra área aonde os engenheiros foram surpreendidos:

Todo datacentre tem uma média normal de falhas, um determinado número de discos falha em um determinado tempo, memórias se corrompem, processadores morrem, capacitores vazam, enfim: Todo servidor morre um dia, a não ser servidor-fantasma mas aí é com Brasília.

No caso do datacentre do Projeto Natick, dos 855 servidores, somente oito falharam. No total as perdas ficaram em UM OITAVO do esperado.

Uma vez aproveitei um feriado para cuidar de uma rede de 15 computadores em um antigo emprego. Durante o dia inteiro tive ZERO falhas, zero quedas de conexão, comprovei minha suspeita: A Rede era perfeita o problema eram os usuários.

Essa conclusão foi a mesma do Projeto Natick. Aparentemente dois fatores ajudaram na preservação dos servidores: O primeiro, a atmosfera extremamente fria composta de 100% de Nitrogênio, o que evitava qualquer processo de oxidação.

Ficou sujinho… (Crédito: Microsoft)

O segundo, foi a ausência de humanos. Como todo mundo que já lidou com usuários sabe, seres humanos são a principal causa de problemas em computadores, seguidos de estagiários, raios cósmicos e gremlins.

Sem ninguém pra ficar futucando mexendo esbarrando nos servidores, não houve contato físico com as máquinas, todo o acesso foi remoto. Sem gente para passar uruca pros computadores, eles se comportaram admiravelmente.

Ben Cutler, o Líder do Projeto Natick disse que ele não é mais um experimento, agora é apenas uma questão de engenharia, precisam decidir qual é o melhor economicamente, vários datacentres submarinos pequenos, ou um bem grande.

Também há detalhes como determinar se os ganhos de resfriamento E de menos quebras de equipamentos se mantém em águas mais quentes. Também seria interessante um experimento aonde sistemas de geração de energia usando correntes oceânicas tornassem os datacentre totalmente autossuficientes em termos de energia (240KW nem é tanto), mas aí é material pro próximo experimento.

 

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