Quando a missão Martian Moons eXploration (MMX) da agência japonesa JAXA começar seu caminho até Marte em 2024, a bordo estarão câmeras criadas especialmente para capturar imagens das duas luas do planeta vermelho, Deimos e Fobos. A colaboração entre a Japan Broadcasting Corporation (NHK) e a JAXA vai produzir duas câmeras: uma de definição 4K e outra, de ultra-alta definição de 8K, chamada de “Super Hi-Vision Camera”.
As imagens terão livre transmissão para todo o planeta, e serão enviadas aos pedaços, para que sejam montadas ao serem recebidas na Terra. Os dados da imagem original serão armazenados em um dispositivo de gravação na espaçonave, que deverá retornar à Terra em julho de 2029.
Além de fotografar as luas, a MMX vai recolher cerca de 10g de regolito do solo de Fobos e sobrevoar Deimos, além de coletar dados sobre o clima de Marte.
Asteroides capturados
As duas luas (Deimos e Fobos são, na mitologia, os filhos de Marte) são um caso à parte dentro do sistema solar. Além de muito pequenas, elas descrevem órbitas incomuns – enquanto a órbita de Fobos corta os céus marcianos a menos de seis mil quilômetros, a Lua está 384,4 mil quilômetros da Terra.
Espera-se que a missão forneça dados suficientes para determinar se as duas luas são asteroides capturados pela gravidade de Marte ou se originaram do choque entre um corpo maior com a superfície do planeta.
Deimos (ou o Pavor), a menor das duas luas de Marte, tem raio médio de 6,2 quilômetros, e gira em torno do planeta a cada 30 horas. Suas crateras têm menos de 2,5 quilômetros de diâmetro. Ao contrário de Fobos, não apresenta sulcos nem cristas.
Fobos (ou o Medo) tem um raio médio de 11 quilômetros, orbitando Marte três vezes por dia e chegando cada vez mais perto do planeta: a uma taxa de 1,8 metros a cada século, a lua se chocará com Marte em 50 milhões de anos ou se dividirá em um anel.
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