Mobilidade no Mundo Real – não é que funciona?

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Mobilidade sempre foi fundamental para o viajante geek moderno e descolado, mas nem sempre foi assim. No tempo das câmeras de filme, você só conseguia saber se suas fotos ficaram boas dias, às vezes semanas depois das férias acabarem. Com o surgimento da telefonia celular, “Mobilidade” era poder ser aporrinhado pelo chefe na praia.

Sim, eu estou nessa indústria vital tem bastante tempo. (Crédito: Carlos Cardoso / MeioBit)

Quando os Instant Messengers estavam no auge, e o Symbian era a única solução mobile minimamente decente, vários clientes MSN, AOL, ICQ e Twitter apareceram, mas mesmo assim Mobilidade era você acessar sua rede de fofocas, trabalho remoto era bem diferente.

Eu tive vários teclados para Palms e Windows Mobile, entre infravermelhos e Bluetooth. Todos tinham problemas com acentuação, e eram extremamente frágeis. Trabalhar com texto era razoável, qualquer coisa ora disso, impossível.

Hoje o jogo mudou, totalmente.

Não é nada elegante, admito tranquilamente. (Crédito: Carlos Cardoso / MeioBit)

Neste momento estou em um Hotel em São Paulo, sem notebook mas perfeitamente capaz de fazer tudo que faço normalmente para meu trabalho no MeioBit. O artigo relatando a visita ao Space Aventure foi feito 100% mobile, sem NENHUM acesso ao um PC de Verdade, e embora a mesa mais pareça uma orgia de sentinelas da Matrix, de tanto cabo, na prática não precisaria de nada. Vejamos o setup minimalista, como ficaria.

Bem mais limpinho, né? (Crédito: Carlos Cardoso / MeioBit)

Exato. Um adaptador USB-A para USB-c e um teclado sem fio xing-Ling, que apesar da marca não é uma iniciativa do MeioBit no ramo de hardware, me garantiram.

Nos primórdios do Android não era tão simples. Esse teclado saiu acentuando de primeira, zero configuração. Antigamente (dois ou três anos atrás) precisei instalar vários softwares pagos pra conseguir mapear um teclado para a acentuação do sistema operacional.

A TELA

OK, muita gente vai dizer que a tela do celular é pequena, e é, mas há um truque que resolve isso, ao menos para usuários Samsung: O Samsung DeX, a tecnologia de desktop que, quando detecta que o celular está ligado a um dispositivo HDMI, redimensiona a tela e a interface para algo muito mais próximo de um desktop do que um celular projetado na TV. Para isso você precisa de um adaptador compatível, que pode custar uma fortuna ou ser algo simples como este:

O meu é ligeiramente mais xing-ling, não vem nem com marca genérica, mas funciona diireitinho. (Crédito: Amazon)

A saída HDMI em teoria suporta até 4K, vem com uma porta USB 3.0 para ligar outros dispositivos, e uma entrada para alimentação USB-C. Esse aí de cima custa R$80 na Amazon.

Se você conectar o celular ao monitor sem o cabo de alimentação, o espelhamento é simples, reproduzindo na tela do monitor o que aparece no celular. Com alimentação, o modo desktop é ativado e o celular vira uma segunda tela.

ARMAZENAMENTO

Arquivos em vídeo ocupam MUITO espaço, e se você resolver botar pra fora o videomaker que vive dentro de você (ui!) haja espaço. Quem puder equipar o celular com um cartão MicroSD de 2TB, que o faça. Aqui tive que me contentar com um de 128GB, mas como armazenamento auxiliar trouxe:

  • Vários cartões de memória, entre 64Gb e 32GB
  • Dois pendrives USB 3.0 de 32GB
  • Um pendrive USB 3.0 de 128GB
  • Um SSD de 240GB

Parece muito, mas siga meu conselho: Se for filmar em 4K, traga mais que isso. Aliás, melhor ainda: Não filme em 4K. Fiz poucas filmagens, e entre vídeos (em 4K) e fotos, voltei com 17.7GB.

É importante que todos os equipamentos na cadeia sejam USB 3.0. A mula aqui esqueceu o leitor de cartão USB 3.0 em casa, e arquivos de vídeo levam uma eternidade para transferência entre o cartão e o pendrive.

Se possível, faça backup de tudo, não confie em deixar seus arquivos em um único lugar. Hagadas acontecem.

POWER, UNLIMITED POWER!

OK, admito. Sou a biatch dos powerbanks, coleciono powerbank como Imelda Marcus colecionava sapatos, mas eu culpo o trauma. Nos primórdios da telefonia celular uma bateria durava pouco mais de 4h, em standby no meu Nokia 232, e o tempo de carga era imenso. Eu andava com um bat-cinto de utilidades com duas baterias extras, e várias vezes ficava sem bateria quando saía do bar.

Era uma época pré-apps, táxis eram chamados por ligação de voz, parecíamos neandertais, e não era incomum ficar 10 minutos esperando a moça da central tentar achar um motorista. Mais de uma vez minha bateria foi pro saco nessa brincadeira. Acredite, isso não é divertido em Santa Teresa, 1AM.

Por isso eu recomendo: Tenha sempre um powerbank disponível. Melhor ainda, mais de um. E leve um carregador junto.

Nesta viagem levei um carregador Baseus de 8000mAh, com capacidade de carga rápida e carregamento sem-fio. Também tenho um Pineg de 10000mAh, com conectores embutidos, e estou testando um Power Core Fusion (modesto, o nome) da USAMS que é uma mistura de tudo.

Talvez em uma próxima viagem curta, leve somente esse. (Crédito: Reprodução Internet)

O bicho é um powerbank de 5000mAh, com duas saídas USB de 2.4A e uma saída USB-C. Junto ele tem uma tomada, então funciona como carregador E powerbank.

É pesadinho mas promissor.

TOMADAS

Hotéis detestam que você roube energia deles, então tudo bem deixar o ar-condicionado full power o dia inteiro, mas ai de você se tentar ligar dois carregadores ao mesmo tempo. Meu quarto tem DUAS tomadas, nenhuma perto da cama.

O jeito é trazer seu próprio Benjamin. Estou usando este modelo, com duas tomadas e duas portas USB de 2.1A. É bom para carregar dispositivos menores como powerbanks e fones de ouvido, mas não recomendo esse modelo especificamente.

As tomadas são muito coladas, então carregadores maiores não encaixam, se eu coloco o carregador / powerbank que mencionei, ele tapa a segunda tomada.

Este modelo de extensão aqui será minha próxima compra.

Uma extensão com duas portas USB mais um ou dois Benjamins em cubo, e você tem tomadas de sobra (Crédito: Reprodução Internet)

SOFTWARES

NOTA: Neste momento já estou em casa, trabalhando do PC. Toda a parte acima foi escrita mobile.

Nos primórdios do Android e do iOS, e até o fim da vida do Windows Phone era complicado achar softwares funcionais, mas hoje em dia isso mudou. A edição de texto é toda feita no Microsoft Word, recorte de imagens pode ser feito com o software interno do próprio Samsung S9.

Acessar a interface do WordPress pode ser via app específica ou direto pelo navegador. No caso o Brave, que conta com diversos recursos úteis, e pode funcionar em modo desktop, com a interface completa.

Algo importante é compactar as imagens, pro coitado não-vacinado que não tem acesso ao 5G do Bill Gates não levar horas baixando imagens de 5, 6MB num celular. Abrir uma a uma em um software de edição, redimensionar e salvar com compactação JPG mais alta é um porre.

Felizmente encontrei o Image Compressor Puma, uma aplicação simpática que permite redimensionar fotos em lote, podendo alterar apenas a compressão, tamanho ou a resolução.

No MeioBit temos uma norma no Manual de Redação que fotos originais devem ter marca d’água. Como fazer isso no celular? Simples, com o Logolicious, uma aplicação que permite definir templates de logomarcas com transparência, em diversos formatos de imagens. Ah, ela também faz recorte se você quiser resolver dois problemas em uma app só.

A parte de edição de vídeos pode ser resolvida com o FilmoraGo, um excelente pequeno programa de edição, mas não o utilizei nessa viagem. A TV do hotel ficava muito alta, e seria desconfortável demais usar como monitor. Quase tão desconfortável quanto editar vídeos em tela de celular, mas recortes de pequenos vídeos para o Instagram foram feitos sem problemas.

No geral a experiência foi muito bem-sucedida, as lições aprendidas foram:

  1. Não é necessário levar tanta tralha se você vai para uma localidade com infraestrutura.
  2. Um único powerbank é suficiente. Melhor levar um de alta capacidade e alimentar dois dispositivos (câmera e celular) ao mesmo tempo do que dois powerbanks isolados.
  3. Fones de ouvido e outros dispositivos menores carregam rápido e não precisam de cabos dedicados, podem compartilhar.
  4. Tomadas são importantes, leve um Benjamim.
  5. Carregador com várias portas é essencial.
  6. Leve seu carregador rápido do celular.
  7. Um hub USB-C com leitor de cartão é mais trambolho do que parece, melhor usar o adaptador e um pendrive / leitor.
  8. Vídeo complexo e Mobile não se misturam. Em 4K então…
  9. É perfeitamente possível viajar e produzir conteúdo, levando o mínimo possível

E por que não um notebook?

Calma, você vai levar celular, câmera E um notebook? Vai deixar o Notebook no hotel de boa, vai ter que transferir os arquivos do celular e da câmera pro notebook do mesmo jeito?

No meu caso a única vantagem do notebook seria uma tela maior. Não há ganho de performance no tratamento de imagens e na edição no WordPress. A grande desvantagem do celular, que é o teclado, é resolvida com o teclado sem-fio, e se você for daqueles maníacos que adoram teclados mecânicos, sempre cabe um na mochila. Sim, estou pensando nisso.

“♫It’s been a long road, To get from there to here. / It’s been a long time, But my time is finally here…♫ (Crédito: Carlos Cardoso / MeioBit)

Alguns anos atrás o celular me fez aposentar a câmera fotográfica prosumer, por mais que eu ame o megazoom da Nikon L820, agora chegou a vez de aposentar o notebook, ao menos para conteúdo mobile de texto e imagem. Futuramente testarei se já dá pra ser 100% mobile também para vídeo FullHD.

No final, é delicioso ver a tecnologia evoluindo, com equipamentos cada vez menores, fazendo cada vez mais. É muito bom viver no futuro.

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