Mortal Kombat 11: Aftermath — O kombate continua

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Mortal Kombat 11: Aftermath é a primeira expansão do mais recente jogo de luta da NetherRealm Studios, lançado em 2019. O pacote pago inclui três novos personagens e pelo menos mais 2 horas de um novo Modo História, mas quem não o adquirir também recebeu mais conteúdo, na forma de novos estágios, a volta dos Stage Fatalities e dos cômicos Friendships.

NetherRealm Studios / Mortal Kombat 11: Aftermath

Como já abordamos os principais pontos técnicos do jogo na análise de Mortal Kombat 11, este “mini review” se concentra nas novidades de Aftermath.

Nunca confie em um feiticeiro

O pacote pago de Aftermath contém três novos personagens, sendo dois oriundos da franquia e um clássico penetra, três pacotes de skins, que serão lançados no futuro, e um novo Modo História cinemático.

É preciso dar o braço a torcer para a NetherRealm Studios: sua introdução em Mortal Kombat vs. DC Universe (2008, quando ainda atendia por Midway Games) mudou a forma de fazer jogos de luta, tanto que vários concorrentes copiaram a ideia, vide Street Fighter V. Desde então a desenvolvedora só refinou o modo, incluído também na série Injustice.

NetherRealm Studios / Mortal Kombat 11: Aftermath

A história dá prosseguimento ao eventos do fim de Mortal Kombat 11, com foco em personagens que vieram como DLCs: Nightwolf, Fujin, Sheeva, Shao Kahn e Sindel. No entanto quem dá um show é Shang Tsung, aqui com a voz e aparência do ator Cary-Hiroyuki Tagawa, que viveu o feiticeiro na adaptação de Mortal Kombat para os cinemas, em 1995.

Sem dar muitos spoilers, a trama envolve viagens no tempo (de novo), quedas de máscaras, revisões de narrativas e Shang Tsung fazendo todo mundo dançar na palma de sua mão.

Desta vez há duas opções de finais como em Injustice 2, mas infelizmente o modo é bem mais curto do que o de costume, com apenas 5 capítulos. Ainda assim, há conteúdo suficiente para no mínimo 2 horas de diversão.

Os novos kombatentes

Claro que a principal adição da parte paga de Mortal Kombat 11: Aftermath são os novos personagens. Aqui temos o retorno de Fujin, deus do vento e irmão de Raiden, e de Sheeva, a shokan que se tornou a rainha de sua espécie.

Fujin possui um estilo de luta bastante ágil, onde ele usa os ventos para fazer os inimigos de gato e sapato, e detém um dos Fatal Blows mais visualmente empolgantes dentre o rol de personagens originais, onde ele manipula sua espada apenas com seus poderes para fatiar o oponente.

NetherRealm Studios / Mortal Kombat 11: Aftermath

Já Sheeva é a clássica “grappler”, pesada e lenta porém com força devastadora à curta distância, que incentiva o jogador a jogar o mais próximo possível do adversário para fazer uso de seus golpes de agarrão. Para quem tenta fugir, seu golpe Dragon Drop (o clássico “pisão”) continua sendo tão irritante quanto sempre foi, o que é bom.

A terceira adição é o clássico personagem convidado, desta vez ninguém menos que RoboCop. Ainda parte homem, parte máquina, um tira total, o futuro da aplicação da lei chega com um arsenal de equipamentos pesados, como a clássica pistola Auto-9 (com direito ao tiro “nas partes” no Fatality), lança-chamas, lança-granadas de ombro, o “espeto USB”… e ED-209.

NetherRealm Studios / Mortal Kombat 11: Aftermath

A melhor parte no entanto é ouvirmos o ator Peter Weller na voz de RoboCop, além da aparência clássica do personagem; Mortal Kombat 11: Aftermath marca a volta do ator e doutor em História da Arte ao papel que o consagrou.

Konteúdo de graça

Mortal Kombat 11: Aftermath não traz novidades apenas para quem abrir a carteira: uma atualização gratuita, liberada para todos os donos do jogo base em 26 de maio, que dispensa inclusive o Season Pass trouxe novos estágios e duas adições relevantes.

A primeira é a volta dos Stage Fatalities, as finalizações especiais que envolvem eliminar o oponente usando elementos do cenário, como estacas, espinhos e piscinas de ácido. Há também os novos cenários, desde o retorno do Dead Pool ao inédito Retrocade, um Arcade clássico dos anos 1990 com gabinetes antigos (tem até Primal Rage!) e um projetor no fundo, mostrando cenas de jogos antigos da franquia.

A segunda e bastante esperada é o retorno dos Friendships, as cenas bobas e hilárias em que os kombatentes fazem uma ação inesperada, ao invés de dar cabo do inimigo. Cada movimento é divertido por si só, e muitos fãs esperavam que eles voltassem à série, que lembrando, preza pelo absurdo e não pelo realismo.

NetherRealm Studios

Temos desde Kano fazendo churrasco a Cassie Cage tirando selfies, o Exterminador fazendo estripulias em cima de uma moto, Sub-Zero vendendo sorvete, Noob Saibot pulando corda, Kitana brincando com Mileena e alguns clássicos, como o arco-íris de Shang Tsung, a balada disco de Liu Kang e “Kidd Thunder”, o mini-Raiden.

Konclusão

Mortal Kombat 11: Aftermath é uma expansão relevante por permitir olhar para a história da franquia através dos outros de outros personagens, principalmente vilões notórios como Shao Kahn e Shang Tsung. Ele também faz modificações na história, trazendo nuances desconhecidas de alguns kombatentes, como Sindel e Fujin.

Ainda que o modo História seja curto, são duas horas de pancadaria e narrativa ao estilo da NetherRealm Studios, que continua mandando muito bem.

NetherRealm Studios

Os três novos personagens incrementam ainda mais o rol de kombatentes, e os jogadores poderão finalmente decidir quem é o melhor personagem de lata dos anos 1980, se RoboCop ou o Exterminador (há inclusive um easter egg na luta entre os dois).

Mesmo quem não pagar terá direito aos novos estágios, os Stage Fatalities e os cômicos Friendships, que voltam para a diversão da galera. No fim, Mortal Kombat 11: Aftermath é um pacotão feito sob medida para os fãs, que não sairão decepcionados da experiência.

Mortal Kombat 11: Aftermath — Ficha Técnica

Pontos Fortes

  • Novo Modo História com duas opções de final;
  • Sheeva e Fujin são adições sólidas ao elenco;
  • Udpate gratuito traz Friendships e Stage Fatalities de volta para todos;
  • Cary-Hiroyuki Tagawa rouba a cena como Shang Tsung;
  • A volta de Peter Weller, o primeiro e único RoboCop.

Ponto Fraco

  • Modo História é bem curto para o padrão da NetherRealm Studios.
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