Em nota compartilhada na última sexta-feira (15), a Netflix anunciou a demissão de um de seus colaboradores pelo vazamento de dados confidenciais a repórteres. O funcionário aparentemente foi motivado pelo lançamento do polêmico stand-up de Dave Chappelle e, de acordo com a plataforma, estava ligado a postos de liderança em um movimento de greve na empresa.
Nas últimas semanas, a Netflix vem sofrendo ataques em redes sociais, que acusam o streaming de passividade em relação ao show de comédia Encerramento, protagonizado pelo artista Dave Chapelle. Entre as principais críticas, estão considerações sobre transfobia e expressões que incitam ódio sobre grupos sociais, o que foi supostamente o estopim que levou um dos colaboradores da empresa a agir contra as políticas de confidencialidade.
De acordo com um artigo publicado pelo site Bloomberg, os vazamentos fizeram referências às quantias milionárias investidas em Encerramento e Sticks & Stones, ambos espetáculos de Chapelle. Além disso, há menções sobre o especial americano Inside, de Bo Burnham, e à Round 6, série sul-coreana que atingiu o topo de produções mais vistas na plataforma em todos os tempos.
“Nós dispensamos um funcionário por compartilhar informações confidenciais e comerciais sensíveis fora da empresa”, disse um porta-voz da Netflix. “Entendemos que esse funcionário pode ter sido motivado pela decepção e mágoa com a Netflix, mas manter uma cultura de confiança é fundamental para nossa empresa.” Atualmente, o tratado de confidencialidade da empresa exige que todos os dados sejam compartilhados internamente entre os departamentos, mas impede que essas informações sejam divulgadas externamente.
Motim de funcionários
Fontes do The Verge também revelaram que o colaborador demitido estava relacionado a posições de liderança em um suposto motim dentro da empresa, que inclui a participação de vários funcionários (inclusive um engenheiro de software identificado como transgênero) em uma lista pedindo a exclusão do stand-up comedy do catálogo. O movimento está previsto para ocorrer em 20 de outubro (se ainda estiver de pé).
O indivíduo que iniciou a onda de protestos segue sem sua identificação divulgada. Por enquanto, o stand-up Encerramento segue no catálogo da plataforma, já que, segundo o CEO Ted Sarandos, o especial “não passa da linha em ódio”.
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