Uma batalha está em curso nas ruas encardidas desta capital. Muitos dos donos de "matatus", os milhares de micro-ônibus que fazem o transporte coletivo em Nairóbi, estão se recusando a adotar uma nova tecnologia que poderia revolucionar um dos setores mais irregulares e mais lucrativos da África oriental, um setor que trabalha com dinheiro vivo.
O Google está promovendo um cartão de trânsito para ser usado nos micro-ônibus em lugar do dinheiro vivo. Com o cartão, ficaria muito mais difícil subornar policiais e mais fácil para o governo arrecadar milhões de dólares em impostos. Mas, apesar de o Google ter feito um investimento grande e o governo ter fixado o prazo para o fim do dinheiro vivo nos micro-ônibus em julho, a grande maioria dos "matatus" que percorrem as ruas de Nairóbi, superlotados de passageiros e "costurando" para fugir do trânsito, ainda trabalha com dinheiro.
"As pessoas acharam que o Google era louco por investir no setor de transportes do Quênia", comentou Dorothy Ooko, executiva do escritório da empresa em Nairóbi, onde trabalham 40 pessoas. "Quando começamos a nos envolver, ninguém queria mexer com os micro-ônibus."
Leia mais (07/29/2014 – 01h30)