Os governadores dos estados do Nordeste assinaram nesta quarta-feira (17) os contratos individuais com o Fundo Soberano Russo para a compra de um total de 37 milhões de doses da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou para combater a covid-19.
A quantidade de doses é proporcional à população de cada estado, de acordo com o governador do Piauí Wellington Dias (PT). No caso do Maranhão, por exemplo, o governador Flávio Dino (PCdoB) revelou em seu perfil oficial no Twitter ter comprado mais de 4,5 milhões de vacinas.
Ele também disse que o Consórcio do Nordeste, grupo formado pelos estados da região, pretende integrar todas as doses adquiridas ao Plano Nacional de Imunização (PNI), conduzido pelo Ministério da Saúde, que ficaria responsável por distribuí-las. Caso o governo federal opte por não usá-las, cada estado receberá a sua quantidade adquirida, segundo Dino.
A Bahia anunciou ter comprado 9,7 milhões de doses da vacina.Fonte: Governo da Bahia/Divulgação
As primeiras doses da vacina russa compradas pelo Consórcio devem chegar ao país em abril, com o restante sendo disponibilizado até julho. Todo o montante teria custado em torno de US$ 368 milhões, o equivalente a pouco mais de R$ 2 bilhões pela cotação do dia, de acordo com o governador piauiense.
Autorização pendente
Nos últimos dias, vários estados e municípios têm anunciado acordos para adquirir a vacina russa contra o novo coronavírus, fora do PNI. O próprio Ministério da Saúde já tem um contrato separado para receber 10 milhões de doses do imunizante, importadas da Rússia.
Porém, a Sputnik V ainda não tem aprovação para ser usada no Brasil. O pedido para uso emergencial da vacina está paralisado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há dois meses, mas com estes novos acordos assinados, a expectativa é de que o processo seja acelerado e concluído em breve.
O laboratório União Química é quem vai produzir o imunizante no território nacional.
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