Um projeto chamado Carroças do Futuro está dando carroças e triciclos elétricos a catadores de lixo no Brasil que, em razão da força bruta que utilizam, podem desenvolver graves problemas de saúde. A iniciativa, que partiu da ONG Pimp My Carroça, desenvolve protótipos baseados no uso de energia renovável, com baixo custo e potencial de escalabilidade.
“O projeto carroças do futuro é uma inovação sustentável para ajudar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis autônomos a trabalharem com maior eficiência, gerar maior renda e promover qualidade de vida (…)”, afirmou a coordenadora do Carroças do Futuro, Adriane Andrade. Vale destacar que, atualmente, os catadores de materiais recicláveis são responsáveis por cerca de 90% da reciclagem no país.
Trabalho em conjunto

O projeto foi criado em 2019 em parceria com Instituto Clima e Sociedade (ICS) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), que forneceu orientações técnicas para tirar as ideias do papel.
No mesmo ano, foi realizado um Hackathon que reuniu catadores, parceiros e especialistas, como designers, engenheiros e profissionais que atuam na área de gerenciamento de resíduos.
Em conjunto, eles discutiram expectativas sobre os aprimoramentos nas carroças e seus desafios principais. O resultado deste evento foi a criação de seis protótipos conceituais, incluindo uma carroça elétrica que está na fase de aprimoramentos.
Modelos elétricos nas ruas
Imagem do triciclo elétrico à esquerda e da carroça elétrica à direita.Fonte: Pimp My Carroça/Divulgação
Em agosto deste ano, o Pimp My Carroça doou dois triciclos elétricos para catadores de São Paulo e um para a Cooperativa de catadores Cooperben, localizada em Guarujá (SP). Desde então, o projeto tem acompanhado os catadores de perto para recolher feedbacks que, futuramente, serão utilizados para eventuais aprimoramentos.
Segundo a ONG, “a proposta é construir, replicar e dar escalabilidade a modelos de protótipos que atendam às necessidades dos catadores de materiais recicláveis, valorizando e potencializando este serviço (…)”.
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