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Panzer Dragoon: Remake revive o passado sem destruir seu legado

Tiros em trilhos fez muito sucesso na década de 1990. Marcou época com os games Time Crisis, a série The House of the Dead e, principalmente, Star Fox 64. Só que teve um outro jogo que influenciou demais pela sua beleza, simplicidade e trilha sonora. Lançado originalmente em 1995 para o Sega Saturn, Panzer Dragoon foi um dos títulos mais marcantes de sua geração.

Atualmente contamos nos dedos os títulos do gênero Rail Shooter lançados no mercado. Com a qualidade de hardware e software existente, eles tornaram-se desnecessários. Porém, vinte e cinco anos depois, o Panzer Dragoon recebeu um remake, desenvolvido pela MegaPixel Studio e publicado pela Forever Entertainment.

Mexer na parte artística ou não?

Quando Panzer Dragoon: Remake foi anunciado, eu fiquei preocupado. Já pensou se acontece o mesmo com o quadro de Jesus que virou meme, há alguns anos? Para quem não se lembra, uma devota espanhola resolveu restaurá-lo e praticamente criou um borrão horroroso. Virou piada nas redes sociais.

Ao recriar o título, o MegaPixel Studio sabia que seria necessário melhorar os gráficos e principalmente colocar conteúdo pertinente no cenário. A tarefa não foi fácil, pois o clássico trouxe um trabalho maravilhoso feito pelo artista francês Jean Giraud, que também ilustrou Fade to Black e foi o diretor artístico de Pilgrim: Faith.

Confesso que gostei muito do produzido no remake. Muitos ambientes foram refeitos e algumas fases ficaram diferentes da versão original. Tudo isto se deve a inserção de elementos para deixar os cenários mais ricos e condizentes com a geração atual. Independentemente disso, tudo ficou muito agradável e de bom gosto. O que pode incomodar alguns é o fato da existência de cores vibrantes e saturadas, diferentemente do visto na edição de 95.

A trilha sonora também foi uma marca de Panzer Dragoon. Sua intensidade e batida acompanhava o ritmo do jogo e principalmente as animações. Na versão atual (remixada por Saori Kobayashi), muito foi refeito, mas também ficou de bom gosto, com baixos altos e marcantes. Somente em algumas animações as trilhas não estão em conformidade com o visto na tela, quebrando um pouco da imersão.

Como treinar o seu dragão

Panzer Dragoon trouxe uma grande novidade ao mundos dos games: a possibilidade de mover a câmera em 360 graus. Ela continua presente e se beneficia da infinidade de botões dos controles modernos. Na época que o game foi lançado, os movimentos eram limitados, devido o número de botões. Era pegar ou largar.

Panzer Dragoon: Remake Will Fly High on Switch and PC Come Winter | USgamer

Agora é possível jogar no modo clássico, adaptável e até mesmo utilizando as alavancas, como se fosse um jogo moderno. Você controla o voo do dragão com o analógico esquerdo e utiliza o direito para mirar. Tudo isto para dar mais liberdade durante o gameplay. Mas algo poderia ser incrementado. Ao mudar a angulação da câmera, a mira continua se perdendo, fazendo com que seja necessário remanejá-la para o ponto determinado.

Em Panzer Dragoon: Remake existe duas forma de atirar. A básica e mais comum é realizando o famoso smash button. Prepare-se para destruir seu controle, ou sua mão. O segundo é selecionando vários itens, o famoso auto-lock nos inimigos que aparecem na tela. Saber o momento certo de utilizá-los fará sua aventura ser muito mais fácil.

Preço salgado

Sabemos que o jogo é um clássico. Foi praticamente refeito por inteiro sem ter perdido a sua essência. Porém, pagar cerca de 50 reais por 7 fases e cerca de 2 horas de gameplay parece um valor alto. O preço foi tão fora da curva que já é possível comprar o game por menos da metade do seu valor de lançamento.

Panzer Dragoon: Remake

Como ressaltamos acima, a desenvolvedora tinha que tomar um grande cuidado na hora de criar o remake, mas poderia ter ousado um pouco mais. Não tivemos adição ou modificação na história. As cutscenes foram praticamente mantidas e, tirando os chefes de cada fase, os inimigos são os mesmos da versão clássica.

Uma das poucas inserções ficou para o modo fotografia, onde é possível capturar imagens maravilhosas dos cenários recriados. Eu gostei dessa adição, porque é praticamente impossível achar boas fotos do título clássico. Porém, foi só. Modos de jogo, confrontos e grandes modificações acabaram aqui.

Mais ousadia

Panzer Dragoon: remake merecia um projeto mais ambicioso, que mexesse com suas estruturas. Entendemos que é complicado recriar algo que marcou uma geração. Mais fases? Mais história? Ainda existe uma boa continuação a ser feita. Quem sabe com o sucesso de crítica desta edição encontraremos um desenvolvimento mais grandioso de uma série que ficou marcada na história.

Panzer Dragoon: remake foi gentilmente cedido pela Forever Entertainment.

NOTA: 74

“Poderíamos ter um projeto mais ousado, assim como o game original propôs em 1995”


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