Philco Hit PCS01: pobre, porém limpinho — Review

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O Philco Hit PCS01 é o primeiro celular da tradicional fabricante brasileira, cuja marca pertence hoje à Britânia e fabrica de tudo um pouco, mas que agora decidiu entrar no mercado móvel.

Trata-se um aparelho de entrada simples, com processador octa-core de 1,6 GHz, 4 GB de RAM, 64 GB de espaço interno, tela LCD de resolução HD+ e bateria de 4.000 mAh.

Philco Hit PCS01

O Hit PCS01 é um bom começo para a Philco neste setor tão disputado? Eu o testei por duas semanas e conto o que achei dele nos próximos parágrafos.

Design

O Philco Hit PCS01 é um aparelho absolutamente de entrada, e isso se nota desde os primeiros momentos. O corpo, com revestimento em plástico fosco é pequeno e compacto, embora sólido e com boa pegada, evitando que escorregue das mãos, o que é uma coisa boa.

Por outro lado, a Philco economizou demais numa primeira empreitada: seu visual é extremamente datado, com bordas largas nas partes superior e inferior, mesmo não tendo botões físicos ou grandes sensores próximos à câmera.

Philco Hit PCS01

Do lado direito temos os botões Liga/Desliga e de controle de volume, enquanto que do lado esquerdo, encontramos a bandeja de cartões. Ao menos aqui há um ponto positivo, pois o Philco Hit PCS01 é um Dual-SIM com slot dedicado para o cartão microSD, de até 128 GB. Assim, o usuário não precisa escolher entre dois chips ou um apenas e o cartão, e pode usar todas as entradas simultaneamente.

A porta P2 para fones de ouvido fica disposta na parte superior, enquanto na inferior encontramos a defasada porta microUSB 2.0, típica em aparelhos mais baratos. A bizarrice é a presença de dois parafusos perfeitamente visíveis, algo que por mais necessário que seja para fechar o case, não é algo lá muito bonito.

Philco Hit PCS01

O leitor de digitais, posicionado na parte traseira é bem grande, o que passa a ideia de ser preciso, mas não é bem o que acontece: na maioria das vezes o aparelho não reconheceu minha digital, por mais que eu tentasse ou a recadastrasse. Depois de um tempo, desisti de fazer o sensor funcionar.

Visualmente o Philco Hit PCS01 lembra muito a linha Motorola Moto E de antigamente, um design que permaneceu vivo até 2018 com o Moto E5, e que a essa altura do campeonato não é mais justificável, ainda mais dados os planos da Philco: os próximos modelos que (segundo a companhia) serão lançados ainda em 2020 trarão design com bordas finas.

De resto, o kit é acompanhado de uma capinha de silicone e uma película simples, para proteger o gadget de todos os lados.

Tela e Som

O display presente aqui é apenas básico: LCD de 5,45 polegadas, com proporção 18:9 e resolução HD+ (1.440 x 720 pixels), como se espera de um produto em sua faixa de preço. Ainda assim, a Philco poderia ter caprichado um pouquinho mais.

As cores da tela oscilam entre corretas e um tom um tanto pálido, o ângulo de visão é o que se espera de um LCD e a taxa de atualização é o suficiente para não prover atrasos, enquanto que o brilho não é tão forte. Você não verá pixels individuais a menos que force os olhos, mas não há razão para fazer isso.

Philco Hit PCS01

Os dois alto-falantes na parte inferior fornecem uma qualidade sonora regular, onde o som é alto mas oferece distorções pequenas em volumes mais altos, como era de se esperar. Como sempre, use fones de ouvido para uma melhor performance.

Software

Aqui temos um ponto bem positivo: apesar do Philco Hit PCS01 sair da caixa rodando o Android 9 Pie (segundo a Philco ele será atualizado para o Android 10, mas não informou datas), a experiência é praticamente pura e não há nenhum tipo de bloatware instalado.

Há alguns ajustes visuais aqui e ali, mas no geral o usuário terá a sua disposição uma experiência de uso sem firulas e acréscimos, para o bem e para o mal: com o tempos os fabricantes entenderam que menos e mais, eliminaram o que ninguém gostava e se focaram em recursos personalizados que os usuários de fato aprovaram.

Philco Hit PCS01

Aqui, você vai encontrar o Android “pelado”, sem nenhum tipo de personalização ou extra. Para quem gosta da experiência pura isso é uma boa, mas há quem gostaria de ter funções adicionais.

Claro que isso depende também do hardware, e é aí que as coisas complicam um pouco.

Hardware, desempenho e autonomia

A Philco está num primeiro momento importando aparelhos da China, para no futuro iniciar a manufatura local. De qualquer forma, o design e peças virão do País do Meio e parceiros. Aqui, tudo veio de fora pronto para a venda.

O Philco Hit PCS01 traz 4 GB de RAM, 64 GB de espaço interno e processador Unisoc SC9863A, um octa-core com clock de até 1,6 GHz e uma escolha inusitada; em situações normais, fabricantes optam por chips MediaTek mais simples para produtos de entrada, algo que desperta a ira dos consumidores graças à performance pífia.

O chip da chinesa Unisoc não chega a ser tão ruim, mas também não é nenhuma maravilha.

Philco Hit PCS01 / Gekkbench e 3D Mark

Pontuações do Geekbench 5.1.1 e 3DMark 2.0.4661 (processador não suporta Vulkan)

Talvez por causa da quantidade de RAM, o desempenho do gadget é satisfatório para situações normais de uso para usuários de entrada. Ações como navegação, redes sociais, edição limitada de textos, tirar fotos, organizar o calendário, fazer ligações e etc. se dão sem nenhum estresse, o que é bom.

As coisas mudam quando o usuário dá ouvidos ao marketing da Philco, que está vendendo o Hit PCS01 como um “celular gamer”. A bem da verdade, jogos não são o tipo de app mais recomendável a rodar nele.

Philco Hit PCS01

Títulos mais pesados, como Asphalt 9: Legends rodam de forma razoável, com perda de quadros e um certo atraso, estando com os gráficos no automático (nem tente mudar para setups mais altos). Pokémon GO rodou bem mas a bateria vai embora rápido, o mesmo ocorrendo com Azur Lane; este em especial, por se tratar de um shoot ’em up apresentou atrasos pesados, em momentos com muitos elementos na tela.

Falando na bateria, o Philco Hit PCS01 conta com uma de 4.000 mAh básica, que resiste bem a um dia de uso comportado. Em meus testes, eu o tirei da tomada às 8:00 e rodei duas horas de Netflix, duas horas de Deezer e uma hora de jogos (Asphalt 9: Legends e Azur Lane), intercalando com navegação e redes sociais durante o dia, no Wi-Fi ou 4G e com o brilho no automático.

Às 18:00 a bateria atingiu 32%, nada muito sensacional, mas justo para um aparelho de sua categoria. Com o carregador padrão de 10 W, o Philco Hit PCS01 levou 2 horas e 40 minutos para ir de 0 a 100%, tendo atingido 70% na exata metade do tempo.

Câmeras

Novamente, o básico. Na traseira temos uma Wide de 13 megapixels e abertura f/2,8, acompanhada de um sensor de profundidade de 2 MP e f/2,2. Lendo as especificações, pode-se pensar que a qualidade das fotos será sempre boa, mas não é bem o que acontece.

Se formos apontar um culpado, o mais provável é a pequena abertura do diafragma.

Philco Hit PCS01

O sensor principal possui sérias dificuldades para lidar com a entrada de luz em ambientes abertos, e com o HDR desligado, as fotos ficam invariavelmente escuras. Com o recurso ativo, a situação melhora mas não muito.

Chega a ser bem estranho, mas o que se vê aqui é um conjunto que serve minimamente para o feijão-com-arroz.

Com HDR

Sem HDR

As coisas mudam um pouco em ambientes internos, com ressalvas. Embora o resultado geral seja mais agradável, o usuário irá notar uma grande quantidade de ruído e perda de qualidade nas laterais.

A qualidade das fotos vai depender muito da quantidade de luz e um pouco de perícia do usuário, principalmente para manter o aparelho firme, dada a ausência de um estabilizador óptico de imagens.

E apesar do sensor de profundidade, não há Modo Retrato aqui.

A câmera selfie, com 5 megapixels e f/2,2 é igualmente básica e simples, com a qualidade das fotos sendo bem fraquinha, com muito ruído e pouca definição. com uma resolução tão baixa, ela mal serve para chamadas de vídeo e definitivamente, não deve ser levada em conta para fotografia.

Por outro lado, o sistema de reconhecimento facial funcionou melhor do que o esperado: ele ainda errou muito e se recusou a liberar o aparelho, mas não chegou ao nível do leitor de digitais, que é praticamente um enfeite.

No fim das contas, ambos sistemas biométricos são uma opção de segurança dispensável, o usuário será mais feliz com os bons e velhos PINs e senhas.

Conclusão

O Philco Hit PCS01 é um modelo simples do início ao fim. Do visual à performance, tudo nele aponta ser um aparelho para consumidores de celulares de entrada, o que é completamente compreensível por se tratar da estreia da Philco no mercado. Assim, este gadget é uma forma de testar a receptividade do público.

A performance é justa (mas não é um celular gamer), as câmeras são fraquinhas e a bateria pode durar um dia inteiro se o usuário for comportado, mas estamos em 2020 e um design de bordas largas não deveria mais ser uma opção.

Dessa forma, o preço sugerido de R$ 999 é um pouquinho alto, mas parceiros no varejo já o oferecem por valores menores. Dada a familiaridade da fabricante com grandes lojas de departamentos, eu imagino ver no futuro próximo o Philco Hit PCS01 exposto na cesta de ofertas por cerca de R$ 499, o que faz mais sentido.

Não que este seja um celular ruim, apenas que ele é simples demais, absolutamente de entrada, com câmeras fracas e design datado. O Philco Hit PCS01 pode vir a ser um bom segundo celular ou aparelho de emergência, mas não por mil reais.

Philco Hit PCS01 — Ficha Técnica

  • Processador: SoC Unisoc SC9863A, octa-core Cortex-A55 com 4 núcleos de 1,6 GHz e 4 de 1,2 GHz;
  • GPU: PowerVR GE8322;
  • Memória RAM: 4 GB;
  • Armazenamento interno: 64 GB;
  • Armazenamento externo: expansível via microSD de até 128 GB (bandeja dedicada);
  • Tela: LCD IPS de 5,45 polegadas, proporção 18:9 e resolução de 1.440 x 720 pixels (295 ppi);
  • Câmeras traseiras:
    • Wide de 13 megapixels (f/2,8);
    • Sensor de profundidade de 2 megapixels (f/2,2);
    • Flash LED, HDR, vídeos em 1080p a 30 fps;
  • Câmera selfie: 5 megapixels (f/2,2), vídeos em 720p a 30 fps;
  • Sensores: Proximidade, acelerômetro e leitor de impressões digitais na traseira;
  • Extras: Rádio FM;
  • Conectividade: 4G/LTE Dual-SIM, Wi-Fi 802.11b/g/n, Bluetooth 4.2, AD2P, BLE, A-GPS;
  • Bateria: 4.000 mAh;
  • Portas: microUSB 2.0 e P2 para fone de ouvido;
  • Sistema operacional: Android 9 Pie;
  • Dimensões: 157,7 x 75,4 x 8,7 mm;
  • Peso: 183 g;
  • Cor: Preto.

Pontos fortes:

  • Construção sólida, ainda que em plástico;
  • Android praticamente puro e sem bloatwares;
  • Bateria resiste a um dia de uso moderado;

Pontos fracos:

  • 2015 ligou e pediu o design de bordas largas de volta;
  • Não caia no marketing, ele não é um celular gamer;
  • Câmeras mal servem para o básico.
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