Power Macintosh 6100/66: O curioso caso do Frankenstein da Apple

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No tempo em que éramos micreiros já havia rivalidade entre as várias tribos, o que era infantil e improdutivo, até porque todo mundo sabe que o melhor computador de todos era o Amiga. No ramo profissional, arquiteturas diferentes conviviam no mesmo escritório, e idealmente um computador deveria rodar programas de outros modelos. Nessa pegada nasceu o Power Macintosh 6100/66.

Power Macintosh 6100

Muitos anos antes daquela campanha besta que só acirrava rivalidades e ainda deixou como dejeto não-reciclável o Justin Long, a Apple era mais realista, e viu que o mercado corporativo era mais voltado pro mundo do PC. A forma de se infiltrar no segmento? Criaram um computador que era um Macintosh, mas ao mesmo tempo, era um PC.

Sim, tempos depois isso foi meio resolvido com Bootcamp, e mais tarde com o Parallels, que emulava um PC e permitia a execução simultânea dos dois sistemas operacionais, mas em 1994 simplesmente não havia poder de processamento pra isso. A solução? Hardware.

O Power Macintosh 6100/66 vinha com uma CPU PowerPC 601, rodando a 60 MHz. 1MB de VRAM, resolução máxima de 1152×870,  8MB (não GB, MB) de RAM on-board, mais slots que poderiam expandir esse valor até 136MB, mas o segredo era uma placa de expansão com um 486 DX2 66 MHz, e até 32MB de RAM dedicada. Essa placa também tinha um chip compatível com Soundblaster, porta VGA  e porta de Joystick.

A memória do Mac podia ser compartilhada com o PC. Hardwares como disquetes e CD-ROM eram compartilhados. Os HDs do PC eram volumes virtualizados no HD do Mac, e os dois computadores podiam acessar volumes um do outro.

Embora o Power Macintosh 6100/66 só funcionasse com um teclado e mouse de cada vez, os dois sistemas rodavam ao mesmo tempo, você podia alternar as telas, se tivesse um monitor só, ou no caso de dois, exibir lado a lado cada o PC e o Mac, e usar um atalho de teclado para dizer ao Mac quem deveria receber o input.

O calcanhar de Aquiles é que mesmo com o processador dedicado o sistema não era tão rápido quanto um PC nativo, e a compatibilidade era DOS, não PC, então nada de Linux ou similares. Ele rodava aplicações DOS 6.22, como Windows 3.11 e forçando a barra, Windows 95, mas muita coisa ficava de fora, principalmente jogos.

O preço também não ajudava, o Power Macintosh 6100/66 com 16MB de RAM e drive de CD-ROM custava o equivalente a US$4,849,00 em 2019.

No final o Power Macintosh 6100/66 foi descontinuado depois de mais ou menos um ano, e embora as placas de compatibilidade com DOS tenham sido vendidas depois disso, funcionaram mais como uma curiosidade bizarra e um produto de nicho, quase esquecido nos armários da História.

Ah sim, o Lazy Gamer Reviews fez um excelente vídeo demonstrado o Power Macintosh 6100/66.

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