O presidente do Equador, Lenin Moreno, negou a extradição do americano Paul Ceglia, condenado por fraudar um contrato alegando que teria direito à metade do Facebook. O homem está preso no país há um ano e os Estados Unidos solicitaram sua extradição para cumprir pena em Nova York.
Em 2010, Ceglia entrou com uma ação contra Mark Zuckerberg. Ele dizia que o fundador do Facebook teria assinado um contrato, na época em que era estudante na Universidade de Harvard, passando para ele metade do site que viria a se tornar a rede social mais famosa do mundo. Uma juíza negou o processo depois que se descobriu que o contrato tinha sido manipulado.
(Reprodução/Pexels)
Depois disso, Ceglia foi acusado de fraude em novembro de 2012. Pouco tempo antes da data marcada para seu julgamento, o americano removeu sua tornozeleira eletrônica e fugiu com sua esposa, duas crianças e um cachorro. Ele passou 3 anos e meio como fugitivo, até que foi capturado no Equador.
Embora o Judiciário equatoriano tenha autorizado a extradição de Ceglia, o presidente do país alegou razões humanitárias e de reciprocidade para negá-la. Em carta a seu Ministro do Interior, Moreno delegava ao seu subordinado o papel de negar a extradição em função do exercício da soberania nacional, atendendo ao princípio de reciprocidade do direito internacional, além da observância de razões humanitárias.
Fonte: The Live MirrorFonte: thelivemirror
De acordo com o presidente, os Estados Unidos não atenderam a vários pedidos de extradição de cidadãos equatorianos, complementando que ele tem o poder de negá-la independentemente da avaliação da Corte Nacional de Justiça. Por enquanto, Ceglia irá permanecer na cadeia no Equador, mas já requisitou asilo ao governo do país. O advogado do americano, Roberto Calderon, elogiou a decisão, dizendo que Moreno demonstrou grande sensibilidade no caso.
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