Primeira galeria de arte indígena em NFT é anunciada no Brasil

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A iniciativa BrasilNFT anunciou, no mês passado, a NFTribo, primeira galeria de tokens não fungíveis de artes indígenas do mundo, organizada em parceria com representantes das etnias Guajajara, Bororo, Fulni-ô, Guarani Mbya e o Coletivo OCA (Observatório Cultural das Aldeias Artesãs). Os arquivos envolvem artesanato, música, audiovisual, entre outras obras de arte digitalizadas, com o lucro das vendas destinado aos artistas e aos povos originários.

A iniciativa é considerada a primeira galeria de arte indígena de NFT do mundo. Segundo o anúncio do projeto, os clientes receberão, na maioria dos casos, uma arte física com um chip único que contém conteúdos extras, como a história da etnia.

NFTs das comunidades e para as comunidades

Os NFTs desta galeria gerarão royalties, então, toda vez que as peças de arte forem revendidas, a tribo responsável receberá a contribuição financeira. O dinheiro será gasto pelas lideranças indígenas, que julgarão as necessidades urgentes de cada comunidade.

Durante esta parceria, a cantora e atriz Zahy Guajajara se tornará a primeira artista indígena a lançar um álbum multimídia em NFT. O primeiro single está previsto para chegar nas principais plataformas neste mês. Mas a BrasilNFT não especificou uma data e nem os serviços que oferecerão a música.

“Nós, os povos originários, precisamos de estratégias de sobrevivência e o BrasilNFT pode ser a nossa nova aliada para seguirmos no enfrentamento e abrir os olhos do mundo para mostrar nossas capacidades e habilidades através das artes diversas.”, afirmou Zahy durante o anúncio.

“Essa é uma excelente iniciativa e esperamos, juntos, construir diretrizes para dar visibilidade e oportunidade de comercializar todos os trabalhos artesanais e culturais de nosso pertencimento”, disse Marcio Paromeriri, Pajé e Presidente da Academia de Saberes Indígenas.

O BrasilNFT não informou uma data para o lançamento da galeria digital.



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