Um novo controle de privacidade global foi lançado por um grupo de empresas de tecnologia especializadas em privacidade, organizações sem fins lucrativos e editores, como o The New York Times, a Eletronic Frontier Foundation e a DuckDuckGo. Ainda em fase beta, a ferramenta tem como objetivo fornecer a funcionalidade de bloquear o rastreamento de dados proveniente do acesso a todos os websites visitados, por meio de uma configuração única.
“Renascimento” do Do Not Track?
O padrão “Do Not Track” (não rastreie, em português) foi anunciado pela primeira vez há cerca de uma década, e tinha o mesmo propósito. Naquela ocasião, o projeto acabou fracassando, pois, como não havia nenhuma lei que obrigasse as empresas a aderir ao recurso, a maioria optou por ignorá-lo.
O Do Not Track foi idealizado, inclusive, pelo pesquisador de privacidade, Ashkan Soltani, que também ajudou a liderar o novo projeto de controle de privacidade global.
Desta vez, a nova ferramenta foi arquitetada por Sebastian Zimmeck, um professor de ciência da computação da Universidade de Wesleyan, em Middletown (EUA). Zimmeck, que já tinha desenvolvido uma extensão para o Chrome – que serviria de base para a nova tecnologia –, se juntou a Soltani em abril deste ano.
As organizações que ajudaram a tornar o novo projeto possível formam o Grupo de Controle de Privacidade Global.
Lei de privacidade global da Califórnia deverá entrar em vigor em 2023.Fonte: Pixabay/Reprodução
Respaldo da lei
A diferença básica entre o Do Not Track e o novo controle de privacidade global, é que este último passa a ter respaldo da lei, ao menos no estado da Califórnia, EUA.
Por lá, há uma lei chamada Ato de Privacidade do Consumidor da Califórnia (CCPA, na sigla em inglês), que está sendo discutida desde o ano passado, e que visa punir todas as empresas que desrespeitarem a escolha dos residentes do estado, quando optarem pela configuração global para o bloqueio de rastreamento de dados.
A CCPA, em conjunto com a nova ferramenta, será capaz de inibir o compartilhamento de dados, incluindo sua comercialização.
Se aprovada, a lei entrará em vigor em 2023.
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