Qual é a desse Volkswagen T-Cross que faz baliza sozinho?

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No começo de junho deste ano a Volkswagen tomou dois goles de coragem e me emprestou um T-Cross Highline pra dirigir por uma semana. Dois goles de coragem por motivos de: eu tenho CNH, mas não dirijo mais do que quatro vezes por ano. Eu poderia falar por aqui sobre cavalos de força ou autonomia na estrada, mas encontrei três pontos mais importantes pra todos nós: este carro tem um app pra telemetria, tem gamificação e ele faz a baliza sozinho, com ajuda do Park Assist.

T-Cross tela com park assist

Começando pelo ponto mais importante de todos: baliza sozinho. Como eu pego na direção por umas quatro vezes por ano, ficou claro que sou o tipo de pessoa que escolheu não ter carro próprio. Eu utilizo transporte público até onde é confortável (até onde vão o Metrô e CPTM aqui em São Paulo, ou uma linha de ônibus com no máximo uma baldeação) e depois sigo com corrida por aplicativo, seja ele qual for.

Quando eu quero viajar, coisa que faço nestas quatro vezes por ano, escolho alugar um carro e tá resolvido. Funciona comigo e este cenário apareceu com o convite da Volkswagen pra testar um carro bem maior do que os Onix ou Sandero que eu tô acostumado a alugar. Foi um T-Cross, que é um SUV compacto bem mais alto e largo do que tudo que já dirigi, e que levei lá pra Extrema, em Minas Gerais.

T-Cross Highline

Deu um aperto no brioco e nada passava, já que se eu relar esse treco na parede, meu salário vai ficar todo pra fabricante por alguns anos. O modelo que recebi foi um T-Cross Highline 250TSI AT, na versão mais modafuka que você pode imaginar e que é recheada das tecnologias. Se fosse um carro comum, sem nada tech no meio, não rolaria fazer alguma coisa pra vocês. Neste caso rolou, já que ele é quase que autônomo na hora de estacionar.

Baliza feita sozinha, mas faz tempo que tem isso

O sistema que faz a baliza não é novidade na Volkswagen, mas nela o nome é de Park Assist. Ela já mostrou alguma coisa do tipo em 1992, quando botou sensores em um veículo protótipo e ele fez todo o trabalho de parar em uma vaga paralela com a rua – daquelas de rua, não nas que ficam em shopping, por exemplo.

Um veículo conceito que, como a maioria deles, nunca viu um dono. O sistema então voltou para os engenheiros e só viu um carro de verdade 14 anos depois, no Touran e o auxílio era apenas pra vagas paralelas. As vagas longitudinais, as que são comuns em shoppings ou estacionamentos de mercados, só apareceram no Park Assist em 2010, com uma revisão em 2012 pra permitir que vagas menores acomodassem o carro e seus 12 sensores ultrassônicos.

A terceira revisão, que é a presente no teste que fiz, apareceu em 2015 e nasceu com o Passat. Ela exige 80 centímetros de espaço na vaga e utiliza os mesmos 12 sensores, que ficam distribuídos em quatro deles na frente do carro, outros quatro atrás e dois em cada lateral – eles ficam perto das rodas.

A Volkswagen não é a única montadora que conta com um sistema de auxílio para estacionamento, já que concorrentes como a Chevrolet colocam em modelos como o Cruze LTZ vendido aqui no Brasil e que funciona quase que da mesma forma. Outras marcas incluem a BMW, Mercedes-Benz, Jeep, Audi, Ford, Volvo, Jaguar, Lincoln e, claro, Tesla – que dirige sozinho até.

Como tenho pouca experiência, baliza sai complicada, mas sai. É mais natural do que minha péssima atitude pra trocar marchas e é por isso que sempre alugo carros automáticos – pode chamar de fresco, newbie ou qualquer coisa, que sou mesmo.

Funcionou, até com uma ameba como eu!

A ideia é a seguinte: você chega maravilhoso (ou maravilhosa) em um lugar que tem vaga, pode ser paralela ou não, mas precisa parar antes dela. Toca num botão com cone e que fica no console central do carro, depois aciona a seta pra indicar em qual lado está a vaga – você já faria isso pra estacionar, ou ao menos deveria. O carro pede pra você dar uma andada pra que os dois sensores que ficam na lateral possam calcular o espaço que tem na vaga.

Passou o fim dela, o carro alerta que encontrou o espaço e pede apenas que você pare e engate a ré. Como todo carro automático trabalha com conversor de torque, é só soltar o freio e ele anda pra frente ou pra trás. O volante gira feito demônio no corpo do carro e faz a manobra que precisar.

O carro avisa, seja pelos gritos do sensor de estacionamento ou pelo alerta no painel, que você precisa engatar a marcha para dirigir. Ele vai pra frente e pede pra voltar se precisar se ajustar corretamente no espaço. Se não precisar, é isso, parou e pode desligar o carro – colocando o câmbio em P, claro.

Este tipo de robô automático dos Jetsons me fez ter menos cagaço na hora de dirigir. Pra saber se ele é tão capaz assim, coloquei em uma vaga de mercado, daquelas que são muito menores do que deveriam ser. O carro entrou, sem encostar em nenhum dos lados da vaga e ficando em uma distância tão apertada dos outros dois carros, que eu mal conseguia abrir a porta.

Botão do Park Assist acionado

Botão do Park Assist é o de cor amarela (está acionado)

Por segurança, sai e coloquei em uma vaga para humanos. Deu certo novamente. A única coisa que o motorista precisa fazer é controlar o freio (já que o acelerador vai sozinho, no conversor de torque) e trocar as marchas. Só. Só isso.

Tudo também deu certo em vagas paralelas e até em vagas com aclive da rua, coisa comum em São Paulo e que só atrapalha a vida das pessoas – principalmente de amebas no volante, como eu.

Ah, um recurso muito útil destes sensores aos montes é que eles apitam quando alguém chega mais próximo do que deveria do seu carro, ou quando você faz isso. Como existem sensores nas laterais, eu consegui ser alertado de que um espaço entre um carro estacionado corretamente e outro que parou no canto da rua, ligando o suposto eliminador automático de leis (pisca alerta), era pequeno demais.

Pros meus olhos o carro não passaria sem o rapaz motorista perceber que desrespeitou uma lei (dá multa, olha só) e que estava atrapalhando, impedindo uma SUV gorda de passar. Os sensores me ajudaram nisso.

App pra telemetria

Como se um carro que estaciona sozinho não fosse o suficiente, neste T-Cross existe um pequeno transmissor que fica plugado em uma saída logo abaixo do volante. Ele faz a conversa via Bluetooth com o espertofone e ele pode ser um Android ou iPhone mesmo. As informações alimentam um aplicativo da Volkswagen que te informa algumas coisas como autonomia do tanque de combustível, tensão da bateria, quilometragem rodada e mostra onde você estacionou o carro.

Telemetria do T-Cross

Além disso, ainda tem espaço pra dizer quantos litros de combustível estão dentro do tanque, quanto tempo (ou quilômetros) ainda falta pra troca de óleo, mostra onde estão as oficinas e lojas da volkswagen, indo até pra estatísticas.

Tem gamificação até!

Ao final de cada rolê com o carro, o app diz, em uma porcentagem, quão bom ou péssimo motorista você é. Pra isso ele leva em conta o uso dos freios, quanto você e como acelera, além da temperatura do líquido de arrefecimento do motor.

Gamificacao no app da VOlkswagen

Tudo isso gera estrelas e você pode compartilhar com os amiguinhos nas redes sociais. O que importa é que o relatório mostra o trajeto que você fez, a distância percorrida, a velocidade média, velocidade máxima e o custo do combustível. O último é o único dado que precisa ser colocado manualmente, com o valor pago pelo abastecimento. O carro sabe quanto entrou de combustível e pode calcular o custo da viagem se você quiser dividir o valor entre as pessoas que foram de carona.

Tem mais coisa dos tecnês, como app pra mostrar o manual do usuário com comandos de voz e inteligência artificial – o que, bem, passo. O que não passou foi a tristeza de devolver o carro, já que assim como praticamente todos os produtos que testamos, eles são emprestados e devolvemos poucos dias depois.

Segue vida de Metrô.

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