Uma das maiores marcas ligadas aos eSports, a Razer anunciou na quinta-feira (2) que seus executivos formaram um bloco para transformar a fabricante de PCs e periféricos para jogos em uma empresa privada, fechando o capital e recomprando as ações, hoje listadas na bolsa de Hong Kong por US$ 3,17 bilhões (R$ 18 bilhões).
Liderado pelo presidente Min-Liang Tan e pelo diretor Kaling Lim, o grupo privatista já detém hoje cerca de 57% das ações, segundo a Reuters. Eles estão oferecendo US$ 0,36 (R$ 2,03) por ação no sentido de obter as 43% restantes, afirmando que esta oferta é definitiva. Segundo a publicação, além dos executivos, uma empresa de private equity está se dispondo a investir capital diretamente na empresa, em busca de novas oportunidades de negócio.
Os rumores sobre a recompra das ações da Razer falavam em um valor de US$ 0,51 (R$ 2,88) por ação, no mês passado. Por isso, assim que o consórcio anunciou sua intenção de fechar o capital, as ações despencaram 8% de uma só vez. Segundo o consultor David Blennerhassett, da Ballingal Investment Advisors, o preço proposto é justo, pois representa um prêmio de 34,6% em relação ao último preço de fechamento.
A trajetória da Razer
Fonte: Razer/Divulgação.Fonte: Razer
Fundada em São Francisco, nos EUA, e Cingapura no ano de 2005, a Razer expandiu seus negócios para o setor de laptops e teclados para jogos, fazendo sua estreia apoteótica na bolsa de Honk Kong em 2017, em um IPO que valorizou cada ação em US$ 0,50. No entanto, após um resultado negativo de US$ 17,7 milhões (R$ 100 milhões) em 2020, devido aos impactos da pandemia, as ações caíram para metade do pico de US$ 0,43 em fevereiro.
Apesar disso, as perspectivas voltaram a ser promissoras, após a empresa anunciar um lucro líquido recorde de US $ 31,3 milhões (R$ 177 milhões) no primeiro semestre de 2021.
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