Resenha: M.O.D.O.K. – Marvel como você nunca viu, exceto em Robot Chicken

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M.O.D.O.K. É uma bem-vinda pausa no estilo narrativo da Marvel, que na TV tende a ser muito mais sério do que no cinema, aproximando-se perigosamente do estilo dark e sombrio da DC. M.O.D.O.K. não, M.O.D.O.K. é o exato oposto de tudo isso.

M.O.D.O.K. atacando New York. (Crédito: Hulu/Disney)

Apesar de toda a seriedade e realismo dos filmes do MCU, a realidade é que no mundo estamos acompanhando histórias de personagens de gibi, que podem sim ser dramáticos, sérios e profundos, mas originalmente eram histórias descartáveis de gente que usava a cueca por cima da calça. É importante não perder isso de vista, senão você vira um daqueles fãs chatos reclamando que o escudo do Capitão América era de Vibranium e Adamantium, ou que os poderes da Wanda não são consistentes.

Quando foi anunciado uma série do M.O.D.O.K. eu duvidei profundamente. Ele é um personagem impossível de ser usado no MCU, ou na TV. M.O.D.O.K. é ridículo, fruto de provavelmente um fim de semana inteiro em 1967 aonde Stan Lee e Jack Kirby fumaram uns 350Kg de cigarrinho de artista.

Primeira aparição de M.O.D.O.K. em Tales of Suspense 94, Outubro de 1967 (Crédito: Marvel Comics)

A própria sigla é ridícula, M.O.D.O.K. significa Mental Organism Designed Only for Killing, Organismo Mental Projetado Somente Para Matar. Ele é um sujeito que foi usado em um experimento e teve seu cérebro ampliado e melhorado, foi transformado em um Cyborg e precisa de uma cadeira levitadora especial para se locomover. Ele chamar de Doomsday Chair, M.O.D.O.K. adora esses nomes dramáticos.

Ele foi um dos principais vilões do Homem de Ferro, Capitão América e outros grupos, e se tornou Cientista Supremo da IMA – Idéias Mecânicas Avançadas, uma espécie de Hydra-Light formada por cientistas renegados que querem transformar a Terra em uma Utopia, com eles no comando.

Não pergunte. (Crédito: Marvel Comics)

A série do Hulu, que fora dos EUA passa no Disney Plus acompanha o dia-a-dia de M.O.D.O.K., mas não é uma clássica história de vilões versus heróis. M.O.D.O.K. tem problemas maiores a resolver: Sua família. A esposa, Jodie é uma escritora de auto-ajuda, e o casamento deles está balançando. O filho Lou é um adolescente normal preocupado em ser popular e como vai impressionar os convidados em seu Bar-Mitzva. Sim, M.O.D.O.K. é judeu.

Melissa, a filha mais velha tem 17 anos e a aparência do pai, mas estranhamente ninguém repara ou comenta.

A Família suburbana de M.O.D.O.K. (Crédito: Hulu / Disney)

M.O.D.O.K. tem que dividir seu tempo entre a família e a IMA, que está passando por dificuldades financeiras e acaba sendo vendida para o GRUMBL, uma dessas startups de internet descoladas com um CEO jovem brozão. O que M.O.D.O.K. não sabe é que há um plano maligno por trás, e o tal GRUMBL é só uma fachada para o terrível Vilão Secreto, Hexus, a Corporação Viva, uma entidade que pula de planeta e planeta consumindo recursos naturais e financeiros.

Também temos viagem no tempo, um plano para roubar o escudo do Capitão América e uma ridícula equipe de vilões de 5ª categoria, um M.O.D.O.K. universitário que se decepciona com o fracasso de seu futuro eu e decide eliminar a família de M.O.D.O.K., um portal criado para jogar o lixo da IMA e que abre em Asgard…

M.O.D.O.K. – O Roteiro

M.O.D.O.K. é uma série para adultos, o que é diferente de ser uma série adulta. Em alguns momentos ela é incrivelmente idiota, você chega a sentir vergonha de rir das piadas, em outras você pensa “Não acredito que fizeram isso”, com piadas bem dark. Em essência, é uma bobagem, que terá zero influência no MCU, nas séries sérias da Marvel ou na História da Animação. Só que é uma bobagem deliciosa.

A Animação

Se você acha que já viu esse estilo antes, está correto. M.O.D.O.K. ousou ao fugir da animação tradicional e ser feita em stop motion, com bonecos, usando a mesma técnica consagrada por outra imensa bobagem deliciosa, o Robot Chicken, do Cartoon Network.

Claro, o orçamento é bem maior, o que significa bonecos de qualidade, com expressões faciais e sincronismo labial, ao contrário das bocas recortadas em papel do Robot Chicken de Seth Green, que aliás junto com Matthew Senreich, co-criador da referida série é produtor executivo de M.O.D.O.K..

Também há bastante CGI na pós-produção, dando um tom bem mais fluído na animação, mas sem perder o estilo Robot Chicken.

O Elenco

M.O.D.O.K. é interpretado por Patton Oswalt, que também divide os créditos de criação da série com Jordan Blum, e é produtor executivo, no elenco temos ainda Aimee Garcia, Bem Schwartz, Melissa Fumero e vários outros, incluindo nomes top como Jon Hamm, Nathan Fillion, Alan Tudyk e Whoopi Goldberg.

Oswalt não é estranho ao mundo Marvel, tendo feito o Agente Koenig em Agentes da SHIELD.

As Referências em M.O.D.O.K.

Olha, eles vão fundo. Os roteiristas parecem se orgulhar em fuçar gibis antigos atrás de personagens obscuros. Em um episódio aparece até o Tenpin, um vilão cujo superpoder é ser um bom malabarista e lançar pinos de boliche flamejantes nos inimigos. Tenpin foi criado em 1986, e apareceu desde então em SEIS gibis.

Eu me recuso a lembrar que os Ciegrimitas existem. (Crédito: Marvel / Hulu / Disney)

Por falar em personagens raros, temos uma participação do Ciegrimitas, uma espécie alienígena que é especializada em produzir bebidas alcoólicas, e conquista outros planejas induzindo todo mundo a festejar sem-parar. E não, eu não lembrava dos Ciegrimitas, ninguém lembrava.

M.O.D.O.K. a Sério

Enquanto estavam produzindo a série, Jordan Blum e Patton Oswalt foram convidados para escrever uma minissérie, M.O.D.O.K. – Head Games, que seria a versão séria, canônica da família de M.O.D.O.K. É uma história bem legal, mas depois da série ficou estranho algo tão “sério”.

Tem a Gweenpool então não é tão sério assim (Crédito: Marvel Comics)

Conclusão

M.O.D.O.K. não é para crianças. É violento, tem palavrões, piadas adultas, sangue, desmembramentos e tensão familiar. Também não é para quem quer assistir profundas discussões sobre a condição humana. Uma boa métrica: Se você gostar dos dois vídeos abaixo, você vai amar M.O.D.O.K. do contrário, passe longe.

 

Cotação:

4/5 Superadaptóides.

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