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Resenha — Osmo Pocket, a pequena e poderosa câmera da DJI

Testei no último mês a super compacta (e muito simpática) câmera Osmo Pocket da DJI, sobre a qual o André falou aqui no MB, e eu falei lá no Digital Drops em seu lançamento. Eu gostei bem mais do que ele, e nessa resenha quero passar como foi a minha experiência com ela, os seus vários prós e o seu único contra, que pra mim é a telinha minúscula.

Apesar do tamanho absurdamente compacto, a Osmo Pocket é uma câmera de respeito, capaz de gravar vídeos em resolução 4K com até 60 quadros por segundo. O seu gimbal, que mantém as imagens estabilizadas, é o mesmo usado nos drones da empresa como o Mavic 2 Zoom, o que garante uma imagem suave, que não fica tremendo ou pulando.

Vamos começar pelo básico. A Osmo Pocket tem dois botões, o da direita liga a câmera, e o da esquerda começa a gravação. Todos os outros comandos são feitos pela telinha, mas o botão da direita também conta com alguns atalhos. A câmera Osmo Pocket tem três modos de gimbal, e é importante entender como eles funcionam, para ter melhores resultados com ela, Follow, Tilt Locked e FPV (First-Person View).

Pesando apenas 116 gramas e em um tamanho bem reduzido, o Osmo Pocket tem um slot para cartões microSD de até 256 GB, mas não conta com memória interna. A bateria dura pouco menos de 2 horas com uma resolução 4K com 30 quadros por segundo, ou seja, uma autonomia bem razoável. 

Todos esses modos do gimbal são acessados deslizando o dedo de baixo para cima, em um menu que também tem um botão para centralizar a imagem, um botão para trocar mover a posição frontal para traseira, e um botão de Fast Follow e Slow Follow, bem útil para as diferentes situações e velocidades dos objetos que você quer capturar.

O primeiro dos modos do gimbal (e provavelmente o que você mais vai usar) é o Follow, que mantém a direção para a qual a câmera está apontada, estabilizando as imagens nos três eixos do gimbal. Um clique na telinha (ou o desenho de um quadrado no app) ativa o Active Track, um recurso perfeito para gravar objetos em movimento. O Face Track é perfeito para vloggers, ou para qualquer pessoa que queira registrar momentos em primeira pessoa. O tracking da Osmo Pocket funciona muito bem, mas não é compatível com o modo FPV e nem com a resolução 4K com 60 frames por segundo.

O segundo modo é o Tilt Locked, que mantém a câmera fixa, mesmo que você balance o gimbal para cima ou para os lados. Neste modo é possível acionar o modo Flashlight, simplesmente inclinando a câmera para frente. Esse modo é ótimo para fazer imagens em ângulos diferentes.

O terceiro e último modo é o FPV, que deixa os três eixos livres para fazerem os movimentos junto com a câmera. Com esse modo é possível fazer imagens de grande imersão em movimento, sem se preocupar com o resto. Não importa o modo escolhido, é possível fazer vídeos incríveis usando o Follow, o Tilt Locked e o FPV, tudo depende do momento e da necessidade.

Ao deslizar o dedo de cima para baixo você acessa as configurações do aparelho, e neste menu, ao deslizar para o lado, você pode acessar a qualidade (fine e superfine) das imagens; o tamanho da janela (com duas opções, a que mostra o formato no qual você está gravando e a tela cheia, que corta as laterais para você ver depois); o modo de foco automático; e finalmente, o modo Pro, que é altamente recomendável, com ajustes de cor, exposição, volume de áudio.

Muita gente compra lentes externas, que são uma ótima opção, mas usando o controle de balanço de branco, uma das opções do modo Pro, é possível ajustar a câmera para produzir imagens de ótima qualidade em qualquer ambiente. Esse modo da câmera também tem controle de ISO, exposição e velocidade.

Ao deslizar o dedo da esquerda para a direita, você tem acesso as todas as funções de câmera, como a escolha entre foto, vídeo, slo-motion, timelapse e panorama. No menu de vídeo, ao deslizar novamente da esquerda, você acessa a qualidade (1080p ou 4K) e também a quantidade de frames por segundo. No modo foto, ao deslizar mais uma vez para da esquerda, você acessa o formato da imagem e também um contador de tempo, bem útil para fazer imagens de grupo nas quais você também quer aparecer. Todos os modos desse menu tem sua configuração extra ao deslizar mais uma vez.

Ao deslizar da direita para a esquerda, você pode ver a galeria de imagens e vídeos que gravou. Todos esses controles de gestos na tela funcionam muito bem, o que é ótimo, pois nem sempre você vai poder usar o seu iPhone ou Android de última geração, algo que chama muito mais a atenção do que uma simples e discreta câmera montada em um gimbal.

O grande problema da tela do Osmo Pocket é que ela é pequena demais pra enxergar alguma coisa, especialmente se você precisa usar óculos para enxergar de perto, que infelizmente é o meu caso. Ainda consigo enxergar de longe, mas aí é difícil ver se ela está em foco ou não. A maneira de resolver esse problema é conectar seu iPhone ou smartphone Android, mas aí você abre mão de parte da portabilidade, que é o grande diferencial da Osmo Pocket.

Com o smartphone conectado, a experiência com a Osmo Pocket é a melhor possível. Dentro da sua pequena caixa, o Osmo Pocket tem um conector USB-C e um Lightning. Se você tiver um smartphone Android com conector antigo, vai ter que comprar um acessório, mas quem tem um Android ou iPhone já pode começar a usar na hora.

Ao plugar o smartphone com a câmera usando um dos conectores, o app Mimo da DJI abre automaticamente, aí é só começar a gravar. Com o app, é possível controlar vários recursos da câmera de uma maneira bem mais fácil que usando a telinha, por mais que os controles de gestos sejam bem intuitivos. Algo que eu recomendo fazer logo é mudar o modo de controle de gimbal para um único joystick, assim você vai poder controlar todos os ângulos da câmera sem precisar colocar as duas mãos na tela.

Quando não estiver sendo usado com o smartphone, o conector pode ficar virado para o outro lado, mas nem é preciso fazer isso, já que o case tem um buraco feito para que ela possa ser usada mesmo com o conector virado para fora. O case também tem outro buraco feito para carregar a câmera enquanto ela está bem protegida, assim dá pra colocar um power bank e ela em uma mochila sem problemas. Estas duas pequenas coisas são detalhes que me agradam muito como usuário.

A DJI tem alguns suportes para encaixar o Osmo Pocket em um tripé, mas se você tiver um acessório para seu smartphone, basta usar a câmera conectada a ele para fazer timelapses e outros efeitos bem legais.

O gimbal do Osmo Pocket foi feito para ser ajustado com a mão, se o usuário preferir, mas a câmera também tem um controle em um botão na lateral da pequena tela, que move o ângulo para cima ou para baixo, e no controle existe a opção de usar o botão lateral para ajustar o ângulo, e através de um outro botão, trocar para o ajuste lateral da lente.

O Osmo Pocket automaticamente seleciona um objeto ou pessoa para seguir, mas ao clicar no botão direito, ele esquece esse objeto e fica livre para gravar o que você quiser. Ao clicar duas vezes, você centraliza o gimbal. Ao clicar três vezes, a câmera vira para a frente, e assim é possível gravar a si mesmo, ou ao ambiente ao seu redor.

Eu não sei se consegui fazer com ela o que fiz com o Osmo Mobile 2, acho que mais por falta de tempo para realmente explorar todas as suas possibilidades, mas posso recomendar essa câmera de olhos fechados para qualquer um que esteja interessado em produzir imagens estabilizadas com excelente qualidade. Procurando no YouTube você vai encontrar vários vídeos que tem ótimas dicas de como usar melhor o Osmo Pocket.

O lado chato do final dessa resenha é que depois de escrevê-la, devolvi a Osmo Pocket para a DJI, pois ela certamente seria muito útil em todos os meus canais. Como eu tenho um Osmo Mobile 2, felizmente vou continuar produzindo vídeos estabilizados de qualidade, mas é claro que sem a mesma praticidade e portabilidade. Até a próxima resenha!


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