Review Digimon Story: Cyber Sleuth

Digimon Story: Cyber Sleuth é o novo RPG da série de monstros digitais, desenvolvido pela Bandai Namco . Disponível para PS4 e PS Vita , o título finalmente chegou ao ocidente. Sem abusar da nostalgia, Digimon Story pega os pontos fortes dos games da franquia e os une com novas mecânicas e estilo próprio. Confira a análise: Digimon: conheça ou relembre os melhores jogos da série de monstrinhos “Você tem uma nova mensagem” Já faz alguns anos que jogos da série Digimon não são lançados em terras ocidentais. A espera foi longa, principalmente para os fãs. No entanto, Digimon Story: Cyber Sleuth não vem apenas para suprir o tempo perdido, mas também para atrair novos jogadores com visual e estilo diferente. Digimon Story: Cyber Sleuth (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) Em contraste com alguns dos títulos da série, Digimon Story: Cyber Sleuth começa a história no mundo real. O game se passa no Japão, com réplicas de locais reais, como a galeria de lojas da Nakano Broadway, a cidade de Akihabara, entre outros. O jogo se divide em missões no mundo real e digital. O Eden, mundo digital, é como uma rede social em realidade virtual, em que as pessoas se encontram usando avatares digitais. Diferente do que muitos possam imaginar, já que Digimon costuma ser conhecido pelo desenho animado, a temática de Digimon Story: Cyber Sleuth é mais adulta. A história se foca na interação das pessoas com a tecnologia em um mundo não muito diferente do nosso. Ela explora as consequências que esse contato pode causar a longo prazo, como doenças “digitais”, crimes virtuais, corporações corruptas e mundos paralelos à realidade. Em Digimon Story: Cyber Sleuth, seu personagem é um hacker que usa programas chamados Digimons (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) As definições de Digimon foram atualizadas O jogo já se destaca no início da história, em especial por desconstruir a ideia dos primeiros games. Não há treinadores e a trama principal gira em torno dos hackers, pessoas que usam “programas maliciosos”, os Digimons, para causar o caos ou atividades ilícitas, como roubar contas e dinheiro de usuários. Ou seja, as pessoas desconhecem a existência do Digital World e a origem dos monstros digitais. Digimon Story: Cyber Sleuth começa quando o protagonista recebe a mensagem no DigiLine para receber um “presente” especial, o Digimon Capture. O programa transforma o personagem em hacker e permite que ele ou ela obtenha os monstros digitais. A partir de então, o jogador usa as habilidades para trabalhar como Cyber Sleuth, investigador de casos e crimes do mundo digital. O objetivo será investigar casos relacionados ao mundo digital em Digimon Story: Cyber Sleuth (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) Digimon Story: Cyber Sleuth lembra os títulos da série Shin Megami Tensei, com toques sombrios, mistérios, investigações e capítulos focados na evolução pessoal dos personagens. O estilo se destaca do resto da série, sem apelar para a nostalgia, e consegue agradar os fãs de longa data e jogadores que nunca tiveram contato com a franquia. Esta pasta já contém um arquivo Digimon.exe A mecânica de combate e treinamento resgata elementos de outros títulos, incluindo a série Digimon World e os jogos para portáteis. Mas, ao invés de só repetir a jogabilidade, Cyber Sleuth também simplifica e adiciona componentes na medida certa. O combate funciona como qualquer RPG em turno. É possível lutar com até três Digimons de uma vez e os ataques são divididos entre golpes normais e habilidades especiais. O jogador também pode usar itens ou colocar os Digimons no controle da AI em modo automático, o que ajuda bastante quando é preciso apenas subir de nível. O sistema de combate em Digimon Story: Cyber Sleuth é simples e funciona como em qualquer RPG por turno (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) A captura é feita com o scan de dados, ou seja, basta encontrar os Digimons. Já as digievoluções são feitas no DigiLab, sala que pode acessada de vários mapas. Este sistema é uma das partes mais divertidas do game, prato cheio para os aficionados por completar objetivos e, em especial, para os fãs da série. Deseja substituir o arquivo existente? Cyber Sleuth retorna outra vez em Dusk e Dawn para pegar emprestado a árvore de evoluções e a Digifarm. Existem duas maneiras de mudar a forma dos Digimons – avançar ou voltar a digievolução. Para mudar ou expandir o level máximo do Digimon, é necessário alcançar certos requisitos exibidos no menu do DigiLab, como o nível de afinidade, level e potencial. O potencial só aumenta quando o Digimon avança ou volta uma forma. Ou seja, para conseguir monstros de level mais forte, como Ultimate, o jogador provavelmente terá que voltar o Digimon para as formas Rookie ou In-Training diversas vezes. O processo é desafiador e instiga a tentar completar estes requisitos para conseguir novos monstros. Você provavelmente passará horas no DigiLab combinando Digimons em Digimon Story: Cyber Sleuth (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) Download grátis do app do TechTudo : receba dicas e notícias de tecnologia no Android ou iPhone A mecânica da Digifarm não é nova, mas está mais simples e tem tutoriais fáceis de aprender. A lista de Digimons é grande – são 242 monstrinhos –, mas a equipe é limitada pela memória disponível do seu perfil. Cada criatura tem um custo, sendo os mais fortes também os mais “pesados”. O sistema limita e ao mesmo dá liberdade, além de estimular o jogador a pensar estrategicamente. Ainda assim, há defeitos para serem considerados. A Digifarm e o DigiLab nem sempre são de fácil acesso e é preciso ir até lá para digivolver. A dificuldade dos combates também não chega a ser tão desafiadora quanto poderia ser. Se o usuário investir nos Digimons no início, não vai esbarrar na tela de Game Over tão cedo, e o modo multiplayer online é muitas vezes mais difícil que os combates da campanha. Treine e melhore as habilidades na Digifarm em Digimon Story: Cyber Sleuth (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) Uma realidade digital Como investigador, é preciso pegar casos para desvendar. Há missões principais com cenas animadas e outras secundárias. Em determinados capítulos, o jogador deve usar a mecânica de palavras-chave parecidas com as de Final Fantasy 2 para expandir diálogos e pegar novas pistas. O ponto negativo é que só é possível pegar um caso por vez. Então, missões repetitivas se tornam duplamente cansativas. Além disso, para acompanhar a história é necessário saber um pouco de inglês, pois não há legendas em português. Há várias dungeons para desbloquear e explorar no mundo digital (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) Digimon Story: Cyber Sleuth também não tem mundo aberto. Há mapas com localizações reais e dungeons para serem exploradas dentro e fora de EDEN. Com novas URLs ou habilidades hackers, há a opção de liberar novos níveis e áreas. A ambientação é caprichada, principalmente nos cenários do Japão. As cores são vibrantes e a trilha sonora é animada, empolgante e com leve toque sombrio. Os gráficos, porém, poderiam ser melhores. Apesar do visual inspirado nos animes, os personagens e cenários são mais serrilhados no PS Vita do que no PS4, e a câmera fixa faz com que esses defeitos sejam mais evidentes. M esmo no console, o jogo não impressiona tanto se comparado a outros RPGs do gênero. No entanto, a evolução da série é notável e, sem dúvidas, o novo jogo tem gráficos bem superiores aos de Digimon Re:Digitize. Digimon Story: Cyber Sleuth tem réplicas de locais reais do Japão, como Akihabara (Foto: Reprodução/Tais Carvalho) Conclusão Com personalidade própria e trama envolvente, Digimon Story: Cyber Sleuth pode ser considerado um dos melhores da série. Após anos de títulos para consoles e portáteis, a franquia Digimon mostra que ainda sabe e pode inovar, sem repetir exaustivamente elementos anteriores ou abusar demais do fator nostalgia. O RPG é ótimo e divertido para os fãs do gênero, e um colírio para os fãs da série. Qual o melhor Anime ou Mangá? Comente no Fórum do TechTudo. saiba mais Pokémon, Digimon e outros: conheça os jogos de monstros colecionáveis Digimon: confira as principais curiosidades da série
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