Power Rangers: Mega Battle traz de volta os clássicos personagens dos anos 90 para um game inédito no Xbox One e PS4 . O jogo é no estilo “beat’em up”, ou seja, “andar e bater”, mas com gráficos que lembram jogos antigos – ainda que em alta definição. O problema é que falta substância ao game, que apenas se apoia na nostalgia e diverte por alguns minutos, antes de cansar de vez. Confira a análise completa: Conheça os jogos dos Power Rangers Rita está livre novamente Power Rangers: Mega Battle começa bem no início da série, quando vemos Rita Repulsa, a grande vilã da saga, se liberta novamente e atacando a Terra – e a alameda dos anjos. Zordon, um ser de grande poder, decide reunir cinco jovens com garra, para torná-los Power Rangers e defender o lugar desta ameaça. Power Rangers: Mega Battle (Foto: Reprodução/Felipe Vinha) O game reconta a história da série de TV até certo ponto. Os fatos iniciais são iguais, mas mudam em pouco tempo. Logo temos a presença dos inimigos comuns, os bonecos de massa, e também e chefões que são apenas inspirados no que vimos no programa. Jason, Billy, Trini, Kimberly e Zack são os personagens jogáveis, além de Tommy, que entra depois, e as edições que vêm por DLC, Aisha, Adam, Rocky e Kat, os Rangers substitutos. Antes de cada fase, é possível escolher um deles para jogar e aproveitar, sem a possibilidade de trocar ao longo de cada capítulo. Power Rangers: Mega Battle (Foto: Reprodução/Felipe Vinha) Nenhum problema quanto à história do jogo, que adapta com certa fidelidade o que foi visto no material original, mas isso já foi feito antes nos videogames mais clássicos. Poderíamos ter um enredo inédito, como estamos vendo nos quadrinhos da série, publicados por enquanto somente nos EUA, mas isso não rolou por aqui. Aplicativo do TechTudo : receba as melhores dicas e últimas notícias no seu celular É hora de cansar Power Rangers tem jogabilidade de beat’em up, ou seja, basicamente bater e andar pelas fases. De longe lembra games como Castle Crashers, por conta de sua animação 2D fluida e que mais parece um jogo em Flash. Isso não é necessariamente algo ruim, já que o próprio Castle Crashers está longe de ser ruim, mas aqui parece que faltou alguma coisa. Power Rangers: Mega Battle (Foto: Reprodução/Felipe Vinha) O game foi feito para ser jogado em quatro participantes, com multiplayer apenas local – usando quatro controles. É possível jogar sozinho, mas fica sem graça e logo cansamos. A ideia de jogar em quatro é sempre divertido, mas não é todo mundo que tem mais de dois joysticks em casa, ainda que seja possível pedir para um amigo trazer o seu próprio controle de casa. Contudo, a jogabilidade torna-se repetitiva depois de algum tempo, caso o jogador aproveite o game sozinho. Os inimigos são pouco variados e, quando variam, são figuras que nunca apareceram na TV, como um cavaleiro de armadura negra gigante, que mais lembra um jogo medieval genérico. Os golpes dos Rangers não variam tanto, apesar de termos a presença de combos, tiro a distância e outros ataques possíveis. Power Rangers: Mega Battle (Foto: Reprodução/Felipe Vinha) Um grave problema é a falta de checkpoints. Isto é: não há como gravar em determinado ponto da fase. Se morrer lá na frente, quase completando o cenário, voltamos tudo desde o princípio, com os mesmos inimigos a serem derrotados. Tudo bem que precisa de muito para que os quatro heróis morram ao mesmo tempo, no caso do multiplayer, mas mesmo assim não deixa de ser frustrante, principalmente para quem joga sozinho. As batalhas contra chefões são até interessantes. No controle do robô gigante, o jogador deve atacar o enorme monstro em sua frente de duas formas: primeiro no modo “tanque”, com tiros certeiros em locais estratégicos, e em seguida na luta completa, com o Megazord montado, e com sequências de botões para serem pressionados – lembrando Chroma Squad , jogo brasileiro baseado em equipes de Rangers. Power Rangers: Mega Battle (Foto: Reprodução/Felipe Vinha) Alguns pontos divertidos, outros nem tanto. Mega Battle tenta equilibrar isso com mais inimigos aparecendo em fases avançadas e outros tipos de chefões, mas não há muita variação. No máximo temos elementos de evolução dos personagens e alguns pontos das segunda e terceira temporadas da série de TV aparecendo no jogo, mas não mais do que deveria para garantir um “fator replay” alto na aventura. Sim, parece Flash Como citamos, o jogo parece ter sido feito no Flash, o que sabemos que não é o caso. Mas os gráficos são super simples e sem muita inspiração. Novamente comparado com Castle Crashers, temos um game que parece seguir o mesmo estilo artístico, mas há elementos visuais com bastante variedade e divertidos. Power Rangers: Mega Battle (Foto: Reprodução/Felipe Vinha) Os personagens, pelo menos, estão bem desenhados, tanto heróis quanto vilões, ainda que tenham poucos pontos visuais de destaque. Os Rangers, por si, lembram muito os astros que fizeram seus papeis na série original, o que conta como ponto positivo para a produção do game. Há ainda a clássica música que toca nos menus e entre as fases, mas não passa disso – as músicas dentro das fases são genéricas de dar dó. Conclusão Power Rangers: Mega Battle tenta se prender apenas na nostalgia, mostrando as origens dos Rangers da série de TV e variando quase nada a partir daí. O jogo é para um, dois, três ou quatro jogadores, mas só fica verdadeiramente divertido com multiplayer, o que é uma pena para quem gosta ou costuma jogar sozinho. Além disso, não há muita variação nos cenários e os inimigos são bem repetitivos. Vale pelas boas lembranças e batalhas de Zord, essas sim bem divertidas. Quais os melhores jogos de mundo aberto? Comente no Fórum do TechTudo! saiba mais Watch Dogs 2: aprenda como funciona o modo online do game da Ubisoft Como baixar a instalar o jogo Mafia 3 no PC, Xbox One e PS4
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