RFID: tecnologia que dá vida a próteses ajuda a economizar tempo

RFID é uma tecnologia de identificação por radiofrequência que vem ganhando mais espaço no mercado. Ajudando no movimento de próteses e colaborando para a facilidade do uso de cartões de pagamento de ônibus e pedágio, a técnica está presente no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e dispensa o contato físico ou visual. Dispositivo construído com Raspberry Pi controla Internet das Coisas A RFID é a evolução do código de barras e, com segurança criptografada, promete colaborar também para a Internet das Coisas. De acordo com especialistas, a tecnologia pode ajudar na revolução dos aparelhos do dia a dia ao conectar tudo e todos. Tecnologia RFID está presente em próteses, Internet das Coisas e NFC (Foto: Elson de Souza/TechTudo) Os registros históricos apontam que a identificação por radiofrequência foi utilizada na Segunda Guerra Mundial para rastrear a aproximação de aviões. Segundo Felype Nery, analista em RFID, a técnica é basicamente formada por um dispositivo que contém informações que podem ser acessadas de maneira rápida e inteligente através de radiofrequência. O sistema é composto de um leitor, uma antena e uma etiqueta.   As etiquetas, ou tags, utilizadas no processo podem ser identificadas em um raio de mais de 100 metros, dependendo do modelo RFID, como é o caso dos dispositivos instalados em carros para pagamento automático de pedágios. A padronização internacional também colabora para a expansão e pode ser vista no NFC, recurso disponível em dispositivos móveis , como celulares e tablets, e considerado uma extensão do reconhecimento por radiofrequência. Download grátis do app do TechTudo:  receba dicas e notícias de tech no Android ou iPhone Técnica de criptografia pode ser aplicada no padrão RFID para proteger dados (Foto: Pond5 ) As aplicações da técnica são infinitas e, de acordo com Nery, basta “dar asas a imaginação”. As etiquetas são bastante usadas no varejo para taguear produtos, e já foram vistas também em atletas da Maratona de Nova York e em próteses. Para movimentar o implante, várias etiquetas são espalhadas pelo corpo do usuário, que dependendo do movimento que quiser fazer, basta passar a mão em frente a tag específica. Redução de custos Apesar de ter restrições perto de metal e água, o padrão de identificação tem ajudado em crises econômicas. A técnica, que tem tido queda no preço, automatiza processos, quase zerando o tempo de reconhecimento de produtos. De acordo com Alexandre Dal Forno, especialista em RFID, empresas que levavam semanas detectando mercadorias agora podem fazer o mesmo trabalho em minutos. saiba mais Os melhores programas para proteger seu PC com criptografia Roteador: como bloquear pessoas conectadas na sua rede Wi-Fi Aparelhos comprovam que a ‘Internet das coisas’ é o futuro da tecnologia “A tecnologia permite encontrar uma caixa sem precisar ter contato visual com ela, o que torna o processo bem mais rápido do que utilizando código de barras. É possível, por exemplo, monitorar o transporte de mercadorias de alto valor em tempo real e verificar se algo saiu do caminhão durante a viagem. A gestão é total”, afirma Dal Forno, que acredita que o padrão veio para ficar. Para Claiton Colvero, também especialista em RFID,  a padronização da identificação por radiofrequência e a agilidade na leitura “abrem um mundo de oportunidades”. “Em um futuro próximo, será possível, por exemplo, vermos supermercados equipados com sistemas RFID, onde o cliente passará o carrinho de compras por um portal de leitura e cada produto será identificado, sem precisar fazer esforços para tirar e colocar tudo no carrinho”, exemplifica Colvero. No Museu do Amanhã, inaugurado no final de 2015 no Rio de Janeiro, um cartão RFID auxilia na visitação. O card recebe o auxílio de uma assistente operacional parecida com a Siri , da Apple , e a Cortana , da Microsoft , e transmite ao usuário informações sobre espaços e obras. Segurança A identificação também é usada em repetidores de sinal, fechaduras e crachás. Assim, a segurança dos dados pode preocupar os usuários. De acordo com especialistas, é possível utilizar criptografia para manter o perigo longe das informações armazenadas. Além disso, as tags carregam um número, onde as reais informações ficam guardadas em um banco de dados, como já é feito com o código de barras. Internet das Coisas RFID também poderá ajudar em Internet das Coisas, a evolução do padrão (Foto: Marlon Câmara/TechTudo) Considerada uma revolução tecnológica que conecta itens do dia a dia à rede mundial de computadores, a Internet das Coisas é uma evolução do RFID. Para Felype Nery, uma aplicação ideal seria onde itens da geladeira tivessem etiquetas e o eletrodoméstico soubesse através da leitura das tags o que precisa comprar. “Assim, o sistema faria uma lista de compras e encaminharia o pedido para o supermercado mais próximo”, afirma Nery. Qual é o melhor antivírus grátis?  Comente no Fórum do TechTudo. Segundo Dal Forno, a Internet das Coisas começou com a identificação por radiofrequência e foi evoluindo. “A tecnologia vem com o conceito de conectar coisas, equipamentos e pessoas. É um conceito mais amplo, com mais inteligência na tag, que passa informações via rede de Internet, o que abre infinitas possibilidades para novas aplicações”, diz. Em janeiro, na Campus Party 2016 , um russo apresentou um sistema para controlar portas através de um chip com tecnologia RFID implantado nas mãos. De acordo com o desenvolver, o recurso prova que os humanos também podem participar da era da Internet das Coisas e o equipamento também pode ser utilizado para checar dados médicos, fazer pagamentos e confirmar a autenticação de documentos.
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