A Rússia começou a imunizar a população contra covid-19 nesta segunda-feira (30), antes da conclusão da fase 3 de testes da Sputnik V. O primeiro lote da vacina foi liberado para o Hospital Central de Domodedovo, em Moscou, de acordo com a Reuters.
Na última terça-feira (24), o governo russo confirmou que o imunizante apresentou 92% de eficácia após a aplicação da segunda dose. No entanto, os resultados do ensaio clínico ainda não foram publicados em revistas científicas nem revisados por outros médicos, deixando a pesquisa em aberto.
Mesmo sem a revisão do imunizante desenvolvido pelo centro de pesquisas Gamaleya, o presidente Vladmir Putin determinou o início da vacinação de mais de 400 mil soldados do exército da Rússia. Agora, o produto começa a ser disponibilizado aos civis, no momento em que o número de casos volta a crescer no país.
A vacinação em Moscou já começou.Fonte: Freepik
Segundo a agência de notícias, os interessados em se proteger contra o novo coronavírus, nesta primeira etapa, precisam se registrar em um sistema do governo, além de apresentar documentos no momento da aplicação e o resultado de um teste de covid-19, confirmando não ter sido infectado pelo Sars-CoV-2.
Sputnik V no Brasil
Primeiro país a registrar uma vacina contra o novo coronavírus, em agosto, a Rússia possui parcerias com outras nações para disponibilizar a mesma imunização que começou a ser aplicada por lá.
O Brasil é um dos países que têm acordo para receber doses e produzir a Sputnik V em território nacional, por meio de parcerias assinadas pelos estados do Paraná e da Bahia. Apesar disso, ainda não há nenhuma solicitação de testes ou registro do imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Batizada em homenagem ao primeiro satélite espacial soviético, a vacina é baseada no vetor de adenovírus humano, método já utilizado na elaboração de imunizantes contra o vírus MERS e o ebola. Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias.
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