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Sega Saturn: do pior ao melhor, segundo a crítica

A Sega foi uma das maiores empresas de videogames entre o final dos anos 80 e meados dos anos 90. Batendo de frente com a Nintendo, diversas guerras de consoles foram travadas com o objetivo de ser a líder do mercado.

Mas tudo mudou em 1996. A empresa lançou seu novo videogame, viu uma nova concorrente surgir e acabou sendo deixada para trás, tendo que correr atrás do prejuízo. Mesmo assim, muitos jogos bons e ruins foram lançados, então vamos dar uma moral pra eles. Sejam bem-vindos à mais um episódio do Pior ao Melhor de consoles com o Sega Saturn. Aqui estão nossos critérios, prestem bastante atenção:

  • Encontrar notas para a esmagadora maioria dos jogos foi extremamente complicado, então fizemos de uma forma diferente: procuramos dezenas de listas dos piores e melhores jogos do console. Os games que mais apareceram estão aqui presentes.
  • Os títulos não estão em nenhum tipo de ordem específica, somente divididos entre bons e ruins.
  • Se você tem uma opinião diferente, só deixar sua lista aí nos comentários.

Vamos começar com os horrorosos então!

Iron Man / X-O Manowar in Heavy Metal (1995)

Lançado em 1995, Iron Man / X-O Manowar in Heavy Metal une Tony Stark junto com herói da Valiant Comics X-O Manowar para enfrentar um grupo de supervilões que estão em busca dos fragmentos perdidos do Cubo Cósmico.

O jogador pode escolher qual dos dois heróis controlar, sendo que ambos fazem basicamente as mesmas coisas e ele pode ser concluído cooperativamente junto de outro player. No início de cada missão são apresentados objetivos específicos que devem ser completados para avançar na história.

O título foi descrito pelos analistas como uma decepção completa. Ele é repetitivo, sua trilha sonora é fraca e os gráficos são bem datados. 6 meses a mais de desenvolvimento provavelmente teriam impactado positivamente o resultado final.

Robotica (1995)

Robotica, lançado em 1995, é um FPS situado no ano de 2877 em um mundo comandado por um único governo chamado World Silent Security Service que, mesmo restaurando a paz após diversas intrigas políticas séculos atrás, desagrada parte da população, o que leva ao surgimento de um grupo rebelde que está disposto a enfrentá-lo.

A gameplay se passa dentro da estação espacial Deadalus em diversos andares gerados randomicamente. Para avançar, é necessário de um cartão que está escondido em algum lugar da área. Dentro do arsenal disponível para o jogador há armas de laser, lança míssel e até as próprias mãos, sendo possível fazer upgrades em cada um deles.

O game foi criticado pelos ambientes genéricos, pouca variedade de inimigos, gameplay repetitiva e falta de uma trilha sonora apropriada. Basicamente ele trouxe uma ideia interessante, só que a desenvolvedora não soube trabalhar ela.

Revolution X (1995)

Revolution X, lançado inicialmente em 1994, é um rail shooter desenvolvido pela Midway, a mesma de Mortal Kombat. Na história, o protagonista foi até um clube para ver um show da banda Aerosmith, mas os músicos são capturados pela força maligna New Order Nation no meio do show e cabe ao jogador salvá-los e acabar com os tiranos malfeitores.

Como é de se esperar de um rail shooter, não há nada de extravagante na gameplay. Entre as localidades presentes no título, temos a floresta amazônica, o oriente médio e até mesmo o Wembley Stadium, famoso estádio de futebol da Inglaterra.

A versão de Sega Saturn do título, lançado um ano após a de Arcade, foi descrita como extremamente monótona, com batalhas contra chefões extremamente longas e um design burro em relação ao local que os inimigos aparecem. O sucesso que ele teve em fliperamas acabou não se repetindo nas casas dos players.

Virtual Hydlide (1995)

Lançado em 1995 (ano difícil esse), Virtual Hydlide é um remake de Hydlide, um RPG clássico de meados dos anos 80, mas com gráficos 3D e um personagem digitalizado de um ator real.

Grande parte da gameplay se passa dentro de dungeons, nas quais o jogador deve derrotar inimigos para upar habilidades e procurar por armas e armadura. Sempre que um novo jogo é iniciado, um mundo diferente é gerado, tendo um total de 20 mapas diferentes para a área principal.

Acabou que o título não agradou os analistas, que descreveram sua gameplay como entediante, ângulos de câmera estranhos, granulados na imagem, efeitos sonoros datados e dificuldade inconstante. É melhor ficar com o original mesmo.

Batman Forever (1996)

Batman Forever, lançado em 1996, é um beat ’em up do morcegão baseado no filme de mesmo nome, aquele com o Jim Carrey como Charada e a Tommy Lee Jones como Duas Caras que chegou aos cinemas um ano antes.

O jogador pode controlar tanto Batman quanto Robin e derrotar todos os inimigos que aparecerem na tela, podendo usar de armas e ataques especiais para isso. O game traz um modo para dois players, sendo possível até usar o mesmo personagem, caso queiram.

Um jogo ruim baseado em um filme ruim. Os analistas criticaram a gameplay extremamente repetitiva, os gráficos dos personagens e a falta de frames de animação. Dessa vez não deu pro Cavaleiro das Trevas.

Street Fighter: The Movie (1995)

Street Fighter: The Movie, lançado em 1995, é baseado no filme que é no máximo inspirado na franquia de jogos de luta Street Fighter. O game traz os atores do longa metragem digitalizados como os lutadores em uma jogabilidade parecida com a de Super Street Fighter II Turbo.

Ele traz 4 modos: Movie Battle, que segue a história apresentada no filme, Street Battle, que é o arcade de outros títulos, Vs. Mode, que é o clássico 1×1, e Trial Mode, em que é se enfrenta todos os lutadores disponíveis em ordem.

Os analistas reclamaram bastante da quantidade enorme de slowdowns, os controles estranhos, a animação travada, o pouco tempo de recuperação dos personagens, o trabalho de voz fraco e o fato dele ser uma cópia de SF 2 Turbo com gráficos diferentes. Definitivamente ele não agradou nem um pouco.

Battle Monsters (1995)

E para fechar os piores, mais um lançado em 1995. Battle Monsters é um jogo de luta com atores digitalizados, assim como Mortal Kombat, que traz 12 personagens diferentes para sentar a porrada uns nos outros.

Sem muita enrolação: o game é horroroso! Os controles são complexos, as animações são travadas, os sprites tem pixelados estranhos e os gráficos são meio esticados. A ideia não parecia ser tão ruim, mas a execução foi simplesmente péssima.

Agora, vamos passar para os melhores.

Virtua Fighter 2 (1994)

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Virtua Fighter 2 é um jogo de luta lançado em 1994 que não apresenta nenhum enredo, mas coloca 11 lutadores diferentes para se enfrentarem em um torneio marcial no qual o mais forte sairá como vencedor.

Assim como seu antecessor, ele é em três dimensões, há como vencer jogando o adversário para fora do cenário, o tamanho da área de combate é personalizável, os lutadores possuem estilos de luta baseados em artes marciais reais mas todos dividem alguns golpes específicos.

A versão de Sega Saturn foi extremamente elogiada por conta de suas melhorias na gameplay, gráficos impressionantes e pelo uso de motion capture, já que esse foi um dos primeiros jogos de videogame a usar a tecnologia. Quem gosta de lutinha com certeza nunca esquecerá esse clássico.

Guardian Heroes (1996)

Guardian Heroes, lançado em 1996, é um beat ‘em up 2D que acompanha 4 guerreiros os Ginjirou, Han, Nicole e Randy em uma história cheia de escolhas, ramificações e karma, tudo sendo definido de acordo com suas ações.

Durante a gameplay, o jogador ganha pontos de experiência que podem ser usados para melhores seis atributos: força, vitalidade, inteligência, mentalidade, agilidade e sorte. Além da campanha, há também um modo versus que coloca até seis jogadores para se enfrentarem em dois tipos de batalhas.

O game foi muito elogiado por conta de sua história cheia de ramificações, sua alta dificuldade, os combos durante as batalhas e o modo versus, sendo descrito como o sucessor de Streets of Rage e Golden Axe. Mas nem tudo é perfeito, já que seus gráficos foram tratados como simples demais para aquela geração de consoles. A beleza está nos olhos de quem vê!

Saturn Bomberman (1997)

E também temos aqui Saturn Bomberman, lançado em 1996. Seu modo história pode ser jogado em um ou dois jogadores, sendo necessário matar todos os adversários e destruir as orbes vermelhas do mapa, conhecidas como Zarfs.

Já seu modo Battle suporta até 10 jogadores usando dois multitaps, que são hubs de controles para o Sega Saturn. A versão americana do título tem suporte ao Sega Netlink, que permite partidas online para até 4 jogadores, sendo dois por videogame.

O título foi extremamente elogiado pela sua jogabilidade para até dez pessoas, sua acessibilidade e os diversos modos presentes, mas criticado por não ser tão bom quanto jogos anteriores.

Radiant Silvergun (1998)

Radiant Silvergun, lançado em 1998, é um shoot ’em up em que os jogadores assumem o papel de uma equipe de pilotos de guerra que está batalhando com inimigos misteriosos que estão sendo criados por um cristal tão misterioso quanto.

O jogador possui um arsenal bem grande de armas que devem usar de forma estratégica, já que cada fase possui suas particularidades e cada um dos equipamentos trará uma vantagem e desvantagem. Já a pontuação é calculada baseada na cor dos inimigos, o que também está ligado ao poder dos mesmos.

A versão de Sega Saturn foi um sucesso completo de crítica, com o jogo sendo descrito como o melhor shoot ’em up já feito por conta da gameplay extremamente polida e divertida, chefões criativos e também por levar o console ao limite de suas capacidades gráficas.

Sega Rally Championship (1995)

De um game de nave para um de carro. Sega Rally Championship, lançado inicialmente em 1994, coloca o jogador para competir em corrida fora de pistas convencionais, mas sim em desertos, florestas e montanhas.

O grande destaque do jogo é a diferença na jogabilidade entre os cenários, já que cada um deles possuem propriedades de atrito diferentes, o que exige dos players um conhecimento específico para as corridas em diferentes localidades. O título traz três carros diferentes, sendo o Lancia Stratos HF desbloqueável.

No Sega Saturn, o game foi um completo sucesso. Visuais lindos, controles responsivos e física realista foram alguns dos diversos elogios que ele recebeu, sendo descrito como um marco no mercado de videogames.

Panzer Dragoon Saga (1998)

Panzer Dragoon Saga, lançado em 1998, foi a tentativa da Sega de bater de frente com a franquia Final Fantasy, exclusiva do console concorrente PlayStation. Na história, o jogador está na pele do jovem Edge, um mercenário que, junto de seu dragão, ajuda uma jovem misteriosa vinda de uma civilização que não existe mais.

Como podem imaginar, ele é um RPG que possui as convenções do gênero, como encontros aleatórios e árvore de habilidade, mas se diferencia por trazer elementos a gameplay de tiro de seus antecessores junto de um trabalho de voz.

O título é considerado um dos melhores lançados para o console da Sega. Ele foi elogiado principalmente pela história emocionante, pelos lindos gráficos e pelos combates divertidos. Como muita gente nunca ouviu falar desse clássico, fica aí a recomendação.

NiGHTS Into Dreams (1996)

Nós com certeza seríamos xingados se esse game não tivesse aqui. NiGHTS Into Dreams, lançado em 1996, acompanha os jovens Elliot Edwards e Claris Sinclair que entram no mundo dos sonhos Nightopia, tendo como objetivo parar o malvado Wizeman, que tem como objetivo destruir tanto Nightopia quanto o mundo real.

O game traz sete níveis divididos entre os dois protagonistas que apresentam visuais, adversários e obstáculos diferentes, cada um deles contando com lutas contra chefões ao final. O título parece bem bonitinho e simples, mas os desenvolvedores do Sonic Team fizeram pesquisas sobre sono REM e estudaram as teorias dos psicanalistas Carl Jung e Sigmund Freud.

Todo o trabalho envolvido com ele acabou recompensado, já que o título é um dos mais memoráveis entre os fãs do console. Ele foi muito elogiado por seus gráficos, gameplay e trilha sonora, aparecendo constantemente em listas de melhores games já feitos. Sucesso define!


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