Esta semana, a NASA divulgou uma nova lustração mostrando com mais nitidez como é um buraco negro. Segundo o astrofísico Jeremy Schnmittman, autor da simulação, ela mostra como a matéria capturada, como gás, poeira e até luz, se concentra ao redor do horizonte de eventos do fenômeno, formando um alo extremamente quente e fino.
Próximo do buraco negro, o material orbita quase à velocidade da luz, enquanto nas partes externas ele gira mais lentamente. Essa diferença é responsável por produzir faixas claras e escuras, como as vistas na imagem.
Perto do horizonte de eventos (o ponto sem retorno, de onde nada escapa, nem mesmo a luz), o quadro se torna assustador pelo gigantismo das forças envolvidas. A luz se curva de tal maneira por causa da gravidade que podemos ver a parte inferior do disco como um anel de luz brilhante, aparentemente delineando o buraco negro.
Nem a luz escapa
O chamado “anel de fótons” é composto de vários círculos, cada vez mais fracos e finos. O efeito é causado quando a luz circula o buraco negro diversas vezes antes de conseguir escapar. Dentro do anel de fótons está a sombra do buraco negro, uma área aproximadamente duas vezes maior que o horizonte de eventos.
As imagens, geradas por um software especialmente desenvolvido pelo Goddard Space Flight Center da NASA, “nos ajudam a visualizar o que Einstein quis dizer sobre a gravidade distorcer o tecido do espaço e do tempo. Jamais pensei que seria possível ver um buraco negro real”, disse Schnmittman, lembrando da captura da imagem em abril, pela equipe do telescópio Event Horizon, da sombra de um buraco negro no coração da galáxia M87.
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