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Sonda da ESA identifica cratera tripla na superfície de Marte

A Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês), anunciou nesta quinta-feira (29) a descoberta de uma cratera com três níveis sobrepostos na superfície de Marte. O feito foi realizado pela sonda da entidade, Mars Express, que orbita o Planeta Vermelho desde 2003. Os pesquisadores esperam descobrir mais sobre a história do planeta com os dados obtidos recentemente.

O maior círculo da cratera possui cerca de 45 km de diâmetro. (Fonte: ESA, DLR, FU Berlin / Divulgação)O maior círculo da cratera possui cerca de 45 km de diâmetro. (Fonte: ESA, DLR, FU Berlin / Divulgação)Fonte:  ESA 

A cratera tripla (ou conjunto de três crateras gêmeas, como também é referenciado pela ESA) é localizada no hemisfério sul de Marte, numa região conhecida como Noachis Terra. Sua localização é próxima a maior e mais conhecida Cratera de Le Verrier, com 140 km de diâmetro — em comparação, a maior cratera “trigêmea” possui 45 km de diâmetro. Segundo os pesquisadores, esta é uma área que teria sido atingida por asteroides cerca de 4 bilhões de anos atrás, deixando sua superfície bastante marcada pelos impactos.

Uma das possíveis explicações sobre a origem das crateras “trigêmeas” indica que um asteroide pode ter se partido em 3 antes de atingir a superfície de Marte. Se confirmada, essa teoria pode indicar que o planeta possuía uma atmosfera muito mais densa há 4 bilhões de anos, capaz de fragmentar corpos celestes com muito mais eficiência do que atualmente. Outra sugestão, menos elaborada, é que 3 distintos asteroides colidiram ao mesmo tempo com o Planeta Vermelho, criando o conjunto.

Visualização topográfica das crateras trigêmeas, com azul representando as regiões mais profundas. (Fonte: ESA, DLR, FU Berlin / Divulgação)Visualização topográfica das crateras trigêmeas, com azul representando as regiões mais profundas. (Fonte: ESA, DLR, FU Berlin / Divulgação)Fonte:  ESA, DLR, FU Berlin 

Contudo, a teoria de uma atmosfera mais densa, capaz de fragmentar asteroides, se torna mais plausível ao indicar que Marte poderia ter sido mais quente e úmido, coincidindo com recentes estudos sobre a presença de antigos rios na superfície do planeta. Outra possível evidência é a profundidade das crateras, que podem ter sido suavizadas pelo efeito de rios subterrâneos congelados.


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