Por achar que podem nos dar uma boa oportunidade de experimentar títulos com os quais nunca tivemos contato, eu sempre defenderei o relançamento de jogos. É verdade que em alguns casos vimos empresas se aproveitarem da nossa boa vontade, principalmente no caso das remasterizações, mas ultimamente temos viso uma boa leva de remakes, resultados que são muito mais complexos de se alcançar do que muitos se dão conta.
Quem defendeu isso foi Yosuke Matsuda, CEO e presidente da Square Enix e que além de ter afirmado recentemente que sua empresa pretende disponibilizar digitalmente todo o seu catálogo, falou sobre a dificuldade em recriar um clássico.
“Os remakes são mais difíceis [de se fazer], mais desafiadores do que vocês podem imaginar. Apenas pela natureza de ser um remake, isso significa que existe um original e acredito que você precise ser capaz de superar o original. Não basta apenas você fazer reimpressões do antigo, porque você também quer conquistar novos fãs que possam gostar dele. Existe os fãs antigos que conhecem o jogo antigo e ao mesmo tempo, você quer que novas pessoas gostem dele. Acho que você realmente precisa alcançar todas essas coisas e é por isso que digo que é bastante desafiador.”
A primeira coisa que chama a atenção nesta declaração é a ideia de que um remake precisa superar o original. Por se tratar de uma empresa com tantos jogos espetaculares — e consequentemente tão adorados —, alcançar esse objetivo torna-se algo quase impossível, ainda mais quando existe nostalgia envolvida.
A opinião ainda me fez pensar sobre o assunto, pois quase sempre que olho para um remake o vejo como alguém que conheceu o original e por isso admito que a minha opinião sobre eles pode ser um pouco contaminada, tanto para o bem quanto para o mal. De qualquer forma, acho que um bom jogo continuará sendo um bom jogo, seja ele uma releitura de outro ou não.
Por isso acredito que recriar algo seja mesmo uma tarefa bastante complicada, afinal as mecânicas dos games costumam evoluir com o tempo e é por isso que muitas vezes uma remasterização acaba estragando um pouco da memória que tínhamos de certos títulos.
O grande problema aqui é conseguir dosar melhorias na jogabilidade e ainda assim manter a essência do original, fazendo com que a nova versão consiga conquistar um público mais novo, mas também agradar aqueles que experimentaram o antigo. Esse foi um dos problemas por qual vinha passando o desenvolvimento do remake do System Shock e que felizmente parece ter sido contornado.
Enfim, o executivo disse ainda que no caso de apenas disponibilizar digitalmente jogos antigos, eles pretender “vender séries inteiras independentemente do quão lucrativos forem os títulos individualmente,” algo que do ponto de vista do consumidor acredito que deva ser bastante comemorado.
Fonte: GameInformer.
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