Durante muitos anos os apaixonados por videogames se perguntaram quem daria o próximo passo quando se tratava de lançar um novo portátil. Com Sony e Microsoft resistindo em se arriscar por um mercado tão complicado, parecia que apenas a Nintendo continuaria apostando nele, até que para a surpresa de todos, com o promissor Steam Deck a Valve anunciou que estava entrando na brincadeira.
Com preços partindo de US$ 399 e contando com 16 GB RAM, uma tela de 7″ com resolução 1280 x 800px, além de uma APU baseada nas arquiteturas Zen 2 e RDNA 2, o objetivo da empresa é fazer com que os jogos rodem com pelo menos 30 fps, o que obviamente deixou muitas pessoas bastante empolgadas com o novo aparelho. Mas como teria surgido a ideia para investir na criação do Steam Deck?
De acordo com o cofundador da Valve, tudo começou com conversas internas sobre como a empresa poderia contribuir para o mercado de jogos para PC. Para Gabe Newell, depois deles terem investido para levar a plataforma para as salas de estar e de terem ajudado a tornar a realidade virtual (um pouco) mais acessível, estava na hora de fazer com que os títulos lançados para PC não precisassem estar limitados a um monitor.
“Penso que muitos jogadores sempre sentiram que não existe um bom dispositivo portátil para games por aí que pudéssemos usar. Alguém chega e diz ‘aqui está o tipo de experiência de jogo em que você pega os melhores jogos do mundo e os roda em um ambiente móvel.’ Todos nós sempre soubemos disso. Se você perguntasse aos gamers há 20 anos, eles teriam dito a mesma coisa. Estamos no ponto agora em que as tecnologias possibilitam ter avanços e os dispositivos portáteis para jogos alcançaram o ponto em que nós realmente podemos conseguir isso.”
Os planos de Newell e cia. podem parecer um tanto ambiciosos, mas a aposta da Valve faz sentido e caso o Steam Deck consiga entregar um produto tão bom quanto parece, não ficarei surpreso se ele se tornar um tremendo sucesso. A biblioteca do PC está repleta de jogos que parecem gritar para serem aproveitados num portátil e como tudo aquilo que já temos na nossa conta do serviço poderá ser executado no aparelho, quem o adquirir já começará com um belo acervo.
É verdade que hoje em dia muitos dos jogos (principalmente os indies) também ganham versões para o Switch, mas basta uma rápida pesquisa para vermos como no híbrido da Nintendo os preços cobrados costumam ser muito maiores que no Steam. Some a isso a possibilidade de os jogos rodarem ainda melhores no Steam Deck, sem falar em podermos aproveitar os AAA que nunca saíram naquele videogame e a impressão é de que a BigN finalmente encontrará um competidor a altura quando se trata de portáteis.
Contudo, a Valve tem procurado evitar comparações, com o designer Greg Coomer afirmando que eles sempre tentaram tomar todas as decisões mirando no público do PC e que já estavam tendo uma boa experiência na sua plataforma. Já Gabe Newell defendeu que até o formato fará com que as pessoas sintam a diferença, com o seu produto seguindo aquilo que temos em controles mais caros. Ele também disse que “se você é um gamer e pegar um Switch e pegar um Steam Deck, saberá qual deles é o certo para você e saberá disso em apenas 10 segundos.”
Como não tive a oportunidade de experimentar o novo portátil, não posso dizer que eles estão certos, mas confesso que não gostei muito da aparência do Steam Deck. Para mim, o Switch já é um portátil grande e desengonçado demais, e se canso de jogar nele após apenas alguns minutos, imagino o que acontecerá com o produto da Valve.
Ainda assim, posso dizer que já estou no grupo de pessoas que passou a considerar o Steam Deck um sonho de consumo. Há muitos jogos para PC que eu certamente aproveitaria mais caso pudesse fazer isso em qualquer lugar e por isso sempre desejei que o PlayStation Vita ou mesmo o Nintendo Switch pudessem receber jogos da loja da Valve por streaming. As minhas dúvidas por enquanto são: quantos milhares de reais teremos que gastar para termos uma belezinha desta por aqui? E conseguirá este portátil ter uma vida mais longa do que outras apostas da empresa em hardware, como aconteceu com o Steam Controller ou o Steam Link?
Fonte: Rock, Paper, Shotgun
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