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A mistura dos gêneros de construção e de RTS ganhou força nos anos 2000, impulsionado pelo sucesso de alguns clássicos, como Age of Empires. Stronghold, da Firefly Studios, também recebeu sua devida notoriedade, por trazer o combate de clãs junto do desenvolvimento de castelos. Era certeza que daria certo, afinal, quem nunca foi à praia fazer uma verdadeira fortaleza de areia?
Com a chegada de Stronghold Warlords, agora a franquia conta com 8 títulos e encerra um hiato de 7 anos sem jogos. O novo título bebe muito da fonte do que foi encontrado em Stronghold Crusader II. Warlords trouxe algumas inovações, mas não o suficiente para quem ficou tanto tempo no aguardo.
Curto e grosso
A campanha é o modo principal de Stronghold Warlords. Ela traz 5 histórias diferentes para você se divertir, sendo 4 delas focadas no crescimento militar e, uma outra, no desenvolvimento econômico.
Três aventuras possuem como pano de fundo o território chinês, uma no vietnamita e outra no japonês. Por ser o modo mais importante do jogo, eu imaginava que teríamos uma campanha mais duradoura. Em menos de 12 horas será possível terminar todas as missões e sem muita dificuldade, mesmo no nível mais difícil.
No início, apenas a campanha “Jungle Kingdoms” estará desbloqueada. Nela, você comanda o lendário Th?c Phán, que liderou a região conhecida hoje como o Vietnã, em 200 a.C. Ao passar pelas histórias, você desbloqueia todo o conteúdo disponível.
Se o modo single player já não bastasse, Stronghold Warlords possui um poder de customização fantástico, como já é de conhecimento de quem acompanha a franquia. Existem várias formas de implementar o seu jogo, tornando o fator replay altíssimo.
No Skirmish, sua missão será montar um mapa optando pelos 4 clãs disponíveis. Escolherá o número de adversários, oponentes e warlords, além de personalizar o tanto de ouro, pesquisas, comida e tropas iniciais.
A grande cereja do bolo fica para o Free Build Mode e o User Maps. No primeiro, você leva o tempo que quiser para construir o seu castelo perfeito, enquanto no segundo, será possível criar e editar mapas, além de disponibilizá-lo para os outros usuários.
Desenvolvimento militar parrudo
As árvores de gerenciamento do jogo são fáceis de serem compreendidas, seguindo o que já encontramos em games anteriores da série. A cadeia de desenvolvimento segue a ordem conhecida no gênero, passando pela aquisição de recursos e pelo modo de produção.
Como o foco do jogo está no combate, praticamente tudo funciona de forma fácil, sem trazer dor de cabeça ao jogador, por isso nossa análise passará bastante por este quesito.
Existem duas formas de trazer seus combatentes ao campo de guerra. As barracas vão produzir cavaleiros, soldados com espadas, maças, machados e arco e flecha. Há ainda a categoria de lanceiros, cavaleiros com lanças e arcos cruzados.
Não pense que acabou, pois uma outra construção é a Academia Militar, que trará ao combate monges guerreiros, ninjas, lançadores de fogo, samurais e generais. Estas tropas custam mais dinheiro, consequentemente você entende que eles possuem mais força que os demais, além de habilidades especiais.
Para completar temos o Siege Camp, que produzirá Catapultas, lançadores de foguete e a ballista, uma máquina que dispara dardos gigantes.
Importância da diplomacia
Apesar de ser um jogo de construção de castelos e de gerenciamento abundante em praticamente todas as áreas, um dos ingredientes mais importantes para o seu sucesso no jogo é a diplomacia com os Warlords. Não poderia ser diferente, já que o nome está até mesmo no título do game.
Você pode controlá-los de duas formas: utilizando nos combates ou emitindo decretos. Para realizar ações com os seus comandantes é necessário adquirir Pontos de Diplomacia, que são gerados diariamente ao longo da aventura. De qualquer forma é possível aumentar a produção diária, construindo uma embaixada ou um consulado.
Ao utilizar seu warlord a aventura ficará muito mais fácil. Além de ser mais forte e resistente do que qualquer outro combatente, sua participação na aventura pode tirar um pouco da graça da aventura.
Eu joguei a versão open-dev e o desbalanceamento era notório. Agora, a situação melhorou um pouco, mas segue muito complicado encontrar uma certa dificuldade nas missões.
Visual feio
Diferentemente dos outros games da franquia, a produtora optou por uma paleta de cores forte e intensa, que não agradou. É interessante debatermos sobre este assunto, pois quem foca em jogos como este, busca uma experiência de imersão, tentando ao máximo reconstruir a história.
Quando a produtora opta por deixar o jogo mais cartunesco, ela afasta a interatividade existente entre os personagens, cenário e o jogador. Vale destacar também que o título apresenta problemas ao se jogar em 4k.
Em certos momentos, a escala das fontes fica pequena, atrapalhando o entendimento do que realmente está acontecendo na história. O mesmo ocorre com a otimização, que apresenta umas leves travadas na movimentação da câmera
Vale a pena?
Não foi desta vez que o Firefly Studios conseguiu reconstruir os castelos feitos no passado, trazendo nostalgia, desafio e entretenimento. O jogo é simples, por mais que tenha alguns recursos interessantes que aumentem o fator replay.
O gamer não terá um grande desafio pela frente, a não ser que se aventure no modo multiplayer. O desafio ficou de lado e muito deverá ser feito para que a empresa não perca os inúmeros fãs que conquistou no passado.
Stronghold Warlords foi gentilmente cedido pela FireFly Studios para a realização desta análise.
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