Técnica gera ‘nanopixels’ para telas de ‘ultrarresolução’

Uma equipe da Universidade de Oxford desenvolveu uma técnica que gera “nanopixels”, com medidas de 300 nanômetros por 300, que podem ser acionados ou desligados em telas de “ultrarresolução”. Esses micropontos podem gerar as cores e os desenhos, e são mais finos do que um fio de cabelo, de 0,07 milímetros. Estudo foi divulgado na revista Nature desta semana. Ler mentes é possível e custa menos de R$ 500 Estudo de nanopixels da Universidade de Oxford estará na revista Nature (Foto: Divulgação/Oxford University) A tecnologia será implantada também em filmes flexíveis para gerar telas curvas para óculos inteligentes, como o Google Glass , e lentes de contato tecnológicas. Ambos são objetos com imagens bem pequenas e que se beneficiariam de uma tecnologia diferente do LCD convencional, que precisa de transistores na parte traseira para gerar as cores. Essas imagens podem ser mais finas do que um fio de cabelo (Foto: Divulgação/Oxford University) saiba mais Jovem de 15 anos cria impressora 3D 10 vezes mais rápida que as demais Pâncreas biônico: tecnologia monitora açúcar no sangue e ajuda diabéticos Cemitério virtual enterra Orkut e faz graça até com Google Glass No entanto, o professor Harish Bhaskaran do Departamento de Materiais da Universidade de Oxford, que chefiou a pesquisa, fez algumas reconsiderações. “Nós não criamos um novo tipo de display. Estávamos sim explorando a relação entre as propriedades elétricas e ópticas de materiais de mudança de fase”, explicou. De acordo com o especialista, surgiu uma ideia de criar um “sanduíche” formado por camadas de apenas alguns nanômetros de espessura. As camadas mais finas deram um melhor contraste nas imagens formadas. Ao alterar o tamanho da camada de eléctrodo inferior, foi possível mudar a cor da imagem. Peiman Hosseini foi o primeiro autor do estudo e também está no Departamento de Materiais da Universidade de Oxford. “Uma das vantagens do nosso projeto é que, ao contrário da maioria das telas LCD convencionais, não haveria necessidade de atualizar constantemente todos os pixels. Você só tem que atualizar os pixels que realmente precisarem mudar, enquanto alguns permanecem estáticos. Isso significa que qualquer exibição com base nessa tecnologia teria extremamente baixo consumo de energia”, afirmou o pesquisador em uma mensagem pública da instituição.

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A pesquisa sugere que esses nanopixels podem alternar entre um modo colorido e um outro mais simples, de economia de energia. Essa mesma tecnologia está sendo trabalhada para exibir vídeos. Os pesquisadores utilizaram materiais consideravelmente mais baratos. A invenção pode ser o primeiro passo no barateamento dos smartglasses. Via BBC e Oxford University .

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