Testamos o HTC M9: design ainda impressiona, mas câmera é decepção

HTC deixou o Brasil há algum tempo. Mas a linha One segue como objeto de desejo dos aficcionados por smartphones. Com o M8, a empresa taiwanesa atingiu o Olimpo dos gadgets – foi considerado por muitos como o melhor aparelho do mercado. Agora, no MWC 2015, a HTC anunciou o tão esperado novo top: o One M9 . Testamos os Xperias M4 Aqua e Z4 Tablet, os lançamentos da Sony no MWC One M9 é o sucessor do queridinho M8; confira as primeiras impressões (Foto: Isadora Díaz/ TechTudo) É claro que, depois de um sucesso tão grande, havia muita expectativa sobre o que poderia ser melhorado. Afinal, segundo o ditado, o que não está quebrado não precisa ser consertado. O resultado é que o M9 veio praticamente com o mesmo design de 2014: o já icônico case de alumínio escovado, com os alto-falantes BoomSound e a tela de 5 polegadas, mas com um belo upgrade nas configurações. One M9 tem praticamente mesmo design do modelo passado com case de alumínio escovado (Foto: Isadora Díaz/ TechTudo) O M9 agora ganha um upgrade do antigo 2,3 GHz Snapdragon 801 para o novíssimo 2 GHz Snapdragon 810, que opera a 64-bit. A memória RAM, antes de 2 GB, agora pula para 3 GB, e o Adreno 330 agora é Adreno 430. O armazenamento é de 32 GB, expasível a até 128 GB via microSD. Com um hardware desses, qualquer coisa roda bem no aparelho. No entanto, após alguns minutos jogando (ou filmando a 4K), o M9 vira uma pequena frigideira. Esquenta, e não é pouco. Se o M8 já sofria com a má dissipação de calor, a coisa, no mínimo, não melhorou no M9. saiba mais Testamos o MediaPad X2, smartphone com tela ‘monstruosa’ da Huawei Testamos os Lumia 640 e 640 XL, smarts concorrentes do Moto G e Zenfone Galaxy S6 e S6 Edge: testamos os smarts supercaprichados da Samsung O design não mudou. E isso é bom. Em praticamente todas as entrevistas, os executivos da HTC são categóricos ao dizer: querem produzir um ícone. Assim como os Porsches ou as Ferraris. E você não mexe no design de um Porsche ou de uma Ferrari. O M9 está menos “escorregadio”, agora tem o botão power ao lado, e tem uma pequena moldura a mais. Só isso. E assim está ótimo. Botão power agora fica na parte lateral do One M9 (Foto: Isadora Díaz/ TechTudo) O M8 tinha dois pontos fracos: a câmera e a bateria. A primeira foi uma aposta da HTC, que tentou emplacar o ultrapixel (basicamente, menos pixels, mas maiores, de forma a captar mais luz). O resultado foi frustrante, e com um imagens pífias, a taiwanesa volta para o sistema tradicional. Qual é o melhor smartphone para comprar?  Opine no Fórum do TechTudo  O M9 traz uma câmera com lentes de safira com sensor de 20 megapixels na traseira, que faz vídeos em 4K. Mas, em comparação com as imagens feitas por um iPhone 6 , o resultado continua a ser decepcionante. Os brancos estouram, as imagens, se não estiverem nas condições ideais, saem lavadas, o foco é lento (principalmente se compararmos com o LG G3 ) e o pior: não há OIS (estabilização óptica). Há ruído em pontos inesperados, a performance em pouca luz é desastrosa… O resultado é bastante decepcionante para a câmera de um “ícone”. Câmera do One M9 é bem decepcionante (Foto: Isadora Díaz/ TechTudo) A bateria do One M9 é um assunto complicado. A diferença de 240 mAh entre o M8 e o M9 (2.600 x 2.840) não deve fazer muita diferença. Sobretudo se levarmos em consideração que o aparelho, com alguns minutos de uso intenso, esquenta bastante. Uma mudança importante para quem mora no Brasil e quiser importar o M9: seu 4G agora é global – ou seja, funciona no padrão homologado pela Anatel. Novo modelo da HTC é bonito, mas perde para outros tops de linha (Foto: Isadora Díaz/ TechTudo) Em suma: após algum tempo de uso, o encantamento desaparece. O M9 é bonito, é potente, mas não tem um TouchID como o iPhone ou o Galaxy S6 (embora tenha um alto-falante poderoso que…). Ele também não tem as câmeras dos Lumias. Tampouco a bateria gigantesca do Huawei Mate 7 . Ele é apenas um rostinho bonito, mas sem conteúdo de verdade. A HTC, que já foi a maior vendedora de smartphones do mundo, parece estar feliz com os 2% de share mundial.

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