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Testamos Valiant Hearts The Great War: o registro jogável da Primeira Guerra

Valiant Hearts: The Great War simultaneamente educa o jogador sobre os fatos da Primeira Guerra Mundial e oferece uma experiência de plataforma 2D cerebral. Convidado pela filial brasileira a testá-lo, o TechTudo teve a oportunidade de experimentar a primeira hora do game. Confira as nossas primeiras impressões sobre o game: E3 2014: Ubisoft anuncia jogos que estarão presentes na feira, veja a lista O jogo faz esforço para se manter nos trilhos da história da Primeira Guerra (Foto: Divulgação/TechTudo) O jogo se define como um “puzzle de aventura”, ambientado durante o período da primeira grande guerra, e conta com detalhes as provações do evento do ponto de vista de quatro personagens de países e lados diferentes: um cozinheiro francês prisioneiro de guerra, um americano na Legião Estrangeira, uma estudante belga revolucionária e um soldado da Alemanha. A aventura de todos é unida pela presença de um cão de resgate que serve tanto como chave para muitos dos quebra-cabeças quanto como ferramenta de aproximação dos diferentes lados do conflito. Jogabilidade simples, variada, mas obscura Falando do essencial primeiro, o jogo segue uma fórmula bem explorada da indústria, posando de aventura com progressão lateral em que os principais controles são pulo e soco, bem padrão. Não demora muito, no entanto, para que ele comece a complicar a fórmula, explorando principalmente a movimentação remota do cachorro e a variação de personagens para forçar o cérebro do jogador. Cada protagonista tem uma habilidade única diferente – um cava, outro pode cortar arames e fios, etc -, e as fases mais avançadas exigem pensamento lateral, numa pegada ao estilo Lost Vikings. Por causa disso, o jogo não progride com a velocidade que se esperaria de jogos sobre a guerra, normalmente recheados de tiros e explosões. Cada tela apresenta um desafio diferente, com pouquíssima explicação, e em sequência eles dão à aventura um passo lento – até truncado, na opinião de quem não gosta de quebra-cabeças. O foco na sutileza de todas as direções – para onde ir, o que fazer – aumenta a imersão da narrativa, mas pode prejudicar a motivação do jogador menos dedicado. Isso é especialmente amplificado pela grande variação nos estilos de jogo, que mudam a cada fase. O jogo realmente tem paúra de repetição, e sem uma constância de proposta, fica muitas vezes a cargo do jogador adivinhar como dar prosseguimento. Alguns enigmas chegam a consumir minutos em uma mesma tela (Foto: Divulgação/Ubisoft) Reconstrução histórica Três coisas chamam atenção, muito positivamente, na construção da aventura: a direção visual, a dublagem e os fatos históricos costurados. O pesado enfoque na linguagem dos gibis, que ajuda a aliviar o tema, não abandona a seriedade da situação, e voluntariamente fica num tom sóbrio, com personagens reservados e cores enfraquecidas (com exceção do vermelho). Todos os personagens do jogo são dublados, mas cada um em sua devida linguagem: os soldados do Império Austro-húngaro falam alemão, os franceses e os ingleses falam suas línguas nativas, o americano tem sotaque diferenciado. Isso tem duplo efeito: no enredo, obriga os personagens a se comunicarem por gestos e mensagens simples; para o jogador, reduz a história ao mínimo necessário, sem firulas. O fator mais rico em toda a construção da ideia da Primeira Guerra, porém, é uma opção escondida no menu de pausa do jogo chamada “Fatos Históricos”. É nela que o pessoal da Ubisoft Montpellier demonstra seu comprometimento com o lado documental da experiência, pois cada fase traz uma série de imagens e textos que explicam os detalhes e a vida em uma guerra de grande escala. Melhor ainda, todos os fatos descritos são vividos pelo jogador, pois todas as fases são recriações de uma faceta da experiência humana da época – os textos são justamente a contextualização do desafio. Parabéns são merecidos, também, para o time responsável pela localização do jogo para o Brasil: eles não apenas fizeram uma ótima legendagem para português nacional como inseriram, em cada fase, alguns fatos históricos envolvendo nossa grande nação tupiniquim nos eventos da Guerra. A sensação de se ver de alguma forma envolvido com o grande conflito é de pertencimento, um presente para nós brasileiros. O cão oferece assistência em muitos puzzles e é o fator de união do grupo de sobreviventes (Foto: Divulgação/Ubisoft) Mesmo a sonoplastia leva a atmosfera e o contexto de uma guerra a sério. A parte de efeitos sonoros, embora não tenha medo de puxar certos elementos para o lado cartunesco, é comedida, e a trilha sonora varia entre música clássica e big band , os dois gêneros que dominavam a época. Em comum, todo o som carrega uma melancolia inerente aos tempos de tragédia, alternando para tons épicos nos momentos de conquista. Nesse ponto, a direção compartilhada de Yoan Fanise e Paul Tumelaire acerta em cheio: quando chega a hora de tomar o forte, o jogo faz um trabalho excelente de narrar a história, tal qual um gibi bem desenhado, com grandiosidade crescente. Bom, bonito e barato O jogo está sendo desenvolvido pela Ubisoft Montpellier, conhecida por seu trabalho em aclamados títulos como Rayman Origins e Beyond Good and Evil, e usa a tecnologia UbiArt Framework – o que explica o visual de arte desenhada sem igual. O jogo estará disponível, apenas para download, para Xbox 360, Xbox One, PlayStation 3, PlayStation 4 e PC – este último tanto na Uplay Shop quanto na Steam – pelo preço tabelado de R$ 34,99. O lançamento é no dia 25 de junho e ele já estará com as legendas em português.   Qual o melhor jogo da Ubisoft?  Opine no Fórum do TechTudo. saiba mais Child of Light: confira cinco curiosidades sobre o novo RPG da Ubisoft The Division: esperado game da série Tom Clancy é adiado para 2015 Watch Dogs: Ubisoft cria pegadinha para promover o novo jogo

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