Trackmania e a busca pelo modelo de negócios ideal

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A partir de 1º de julho as pessoas que gostavam de disputar corridas no Trackmania Nations terão a oportunidade de conhecer o remake que a Nadeo está preparando. Porém, o lançamento que deveria ser motivo para comemoração deu origem a uma onda de reclamações e o motivo? O modelo de negócios adotado pelo estúdio e pela Ubisoft.

trackmania

Tudo começou após o anúncio de que, apesar deste novo Trackmania ser distribuído gratuitamente, só teremos acesso a todos os recursos do editor de pistas se pagarmos uma anuidade de US$ 10. Além disso, aqueles que quiserem entrar nas ligas de corrida ou ganhar skins exclusivas terão que desembolsar US$ 30 por ano, o que evidentemente pode ser descrito como um modelo de assinatura.

No entanto, ao ver diversos pedidos para podermos pagar apenas uma vez surgirem em um tópico no Reddit, a funcionária da desenvolvedora, Amélie “Alinoa” Castelnérac, usou o fórum oficial para dar a seguinte explicação:

Na verdade, este não é um modelo de assinatura, mas um acesso por tempo limitado ao jogo. Você paga para ter acesso ao jogo por um período e é isso. Quando o tempo acaba, você precisa comprar o jogo novamente pelo tempo que quiser ter acesso a ele novamente.

Talvez a moça — que já atuou como level designer na série — não tenha se dado conta disso na hora, mas o que ela disse foi justamente a definição de um modelo de assinatura e como já era de se esperar, a recepção por parte do público foi péssima. Ela até tentou consertar, dizendo que a renovação não acontecerá automaticamente, mas não foi o suficiente e o estrago já estava feito.

Diante da situação, coube ao diretor geral, Florent Castelnérac, tentar esclarecer dar uma melhor visão sobre o assunto. Segundo ele, o modelo adotado pelo novo Trackmania será algo mais próximo a o que temos nos passes de temporada, com os jogadores tendo a opção de pagar por conteúdo adicional que será lançado durante aquele período. Além disso, ele garantiu que tudo o que a pessoa tiver obtido neste tempo será mantido, mesmo depois da sua assinatura acabar.

De acordo com o executivo, esta foi a maneira encontrada pela Nadeo para manter o jogo abastecido com novos conteúdos, evitando assim a necessidade de passarem a trabalhar numa continuação num curto período. Outro ponto abordado por ele diz respeito a um preço fixo pelo jogo, já que considera melhor cobrar US$ 10 por ano e se a pessoa não quiser mais jogar depois de alguns meses, não ficará com a sensação de que gastou muito num título que aproveitou tão pouco.

O post começou porque alguém pediu um acesso vitalício e esta é uma questão delicada, já que a partir do momento em que você o dá, de alguma forma é uma mentira, pois de uma maneira ou outra você não pode se comprometer claramente com o fim de algo ‘vitalício’ […] Ao invés de virtualmente nos comprometer a ‘pelo menos mais cinco anos’ de suporte, decidimos ser os mais honestos possível ao não vender um acesso ‘vitalício’.

Quanto a isso estou totalmente de acordo, pois do que adianta uma empresa vender um jogo por preço cheio e pouco tempo depois anunciar que os servidores serão desligados? No entanto, esse não é o modus operandi da Nadeo e por mais que eu entenda os argumentos citados por Florent, não consigo deixar de pensar que no fundo eles estão procurando maneiras de tornar este Trackmania mais lucrativo.

O problema é que ainda não há como saber exatamente como as vendas poderão ser afetadas pelo modelo de assinatura que eles adotaram e no fim das contas o tiro pode sair pela culatra. Talvez esta não seja uma dúvida que paire sobre o estúdio, mas o fato é que o mercado está cheio de exemplos de títulos que se tornaram verdadeiras febres ao serem distribuídos gratuitamente e hoje lucram com itens cosméticos. Então, será que este jogo de corrida não poderia fazer o mesmo?

Fonte: GamesIndustry.

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