Trump convida Brasil a assinar os Acordos de Artemis

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O Programa Artemis por um lado é a já atrasada iniciativa dos Estados Unidos para criar e manter uma presença humana na Lua, dando prosseguimento ao Projeto Apollo. Por outro lado, ele mistura prazos irreais e se baseia em um monte de projetos cancelados.

Alcântara, 2025 (crédito: Paramount /Cardoso Graph)

O foguete SLS, a cápsula Orion, todos vieram de projetos antigos, desde a Administração Obama, e o próprio SLS já chegou em uma fase de descaso financeiro que se tornou caro demais pra ser cancelado, depois de todo o dinheiro jogado nele, além do orçamento inicial.

A proposta aprovada era de US$10 bilhões para o projeto. Já está em US$18.5 bilhões, com cada lançamento custando mais de US$2 bilhões. Em comparação a Starship da SpaceX tem um custo projetado por lançamento de US$2 milhões.

SpaceX em breve em uma lua perto de você. (Crédito: SpaceX)

Artemis prevê diversas missões até 2024, incluindo uma missão não-tripulada da Orion em Novembro de 2021, e uma missão tripulada com duração de 10 dias para orbitar a Lua (sem pouso) em Agosto de 2023.

A maioria dos projetos associados está sendo contratada de empresas privadas; SpaceX, Blue Origin e Dynetics estão competindo para construir o módulo de pouso. Há concorrências também para transporte de suprimentos e para a Gateway, uma estação espacial em órbita lunar que ninguém decidiu ainda se vai ou não ser construída.

Outras empresas foram contratadas para construir landers que exploração a superfície lunar atrás de áreas com maior probabilidade de conterem água, objetivo primário das missões Artemis.

O custo estimado do Programa Artemis para o período 2020-2024 é de US$35 bilhões. Os EUA estão arcando com a maior parte, mas o programa tem também participantes estrangeiros. Fazem parte do núcleo do Artemis:

  • Agência Espacial Europeia (ESA)
  • Agência Japonesa de Exploração Espacial (JAXA)
  • Agência Espacial Canadense (CSA)
  • Agência Espacial Italiana (ASI)
  • Agência Espacial Australiana (ASA)
  • Agência Espacial do Reino Unido (UKSA)
  • Agência Espacial dos Emirados Árabes (UAESA)

É uma bela cooperação internacional, mas não é o futuro Star Trek que a gente imagina, nem mesmo o futuro Valerian. (Céus, eu amo essa abertura)

Voltando pra realidade, a China não gostou nada do projeto, e toca seu programa lunar sozinha. Já os russos acusaram Artemis de ser uma forma de fazer outros países mandarem dinheiro para empresas americanas, e recusaram o convite para a parceria.

Agora, visando ampliar o Programa e conseguir mais grana pro projeto -claro- a NASA anunciou, dia 15 de Maio de 2020, os Acordos Artemis, aonde mais países seriam convidados a participar da iniciativa.

Em 20 de Outubro do mesmo ano, o Conselho de Segurança Nacional dos EUA tuitou um convite direto ao Brasil, feito em nome do Presidente dos Estados Unidos. Mais tarde o perfil da Embaixada dos EUA repetiu o convite, em bom português.

Crédito: Twitter

Teremos um brasileiro na Lua? Deverá o Pocotopus aceitar o convite do Potus?

A realidade é que nossa capivara é péssima. Todo mundo deveria ler o excelente artigo de Pedro Burgos narrando a Saga do Brasil na Estação Espacial Internacional, um vexame cheio de promessas não-cumpridas, a NASA cada vez diminuindo as obrigações do Brasil -que não conseguiu construir uma simples estante de metal- e calotes em cima de calotes.

Em laranja a parte brasileira da ISS, que atrasamos, enrolamos e acabamos não entregando. Não está vendo? Clique para engrandalhecer. (Créditos: NASA)

Marcos Pontes pode ser altamente questionado em termos de sua atuação como ministro, ele é uma nulidade e só não virou terraplanista porque o Olavão não insistiu, mas como astronauta ele tem toda a qualificação técnica, e foi enrolado pelo governo, a ponto de se esconder quando via colegas passando pelos corredores da NASA. Sua viagem na Soyuz foi um calaboca de um governo em contenção de danos depois de nossa expulsão do projeto da ISS.

Depois disso todo projeto que o Brasil se metia, dava errado, vide exemplos:

Nós fomos expulsos do programa do supertelescópio do ESO, depois de repetidas tentativas de encaixar o país, com facilidades de pagamento. Tanto enrolamos que o projeto vai atrasar por nossa conta.

Há quem tenha a ilusão de que algo vai sair de Alcântara. Não vai. O “centro”, se dá pra chamar aquele terreirão de Centro (se fosse Espírita dava) segundo algumas fontes não tem nem Internet. Isso mesmo, a justificativa para não fazerem streaming de lançamento de Alcântara é que… não tem internet. Por “segurança”.

O VAB (Vehicle Assembly Barraco) de Alcäntara, comparado com foguetes de verdade na mesma escala. (Crédito: Cardoso Graph)

Não temos infraestrutura para lançar nada maior que um Electron (a partícula ou o foguete? Fica a dúvida). Não há rigorosamente nada que o Brasil tenha para contribuir para um programa de exploração lunar, além de dinheiro, e dinheiro já é fato notório que a gente promete, mas não paga.

Ainda não há uma resposta oficial, mas a menos que o Governo queira que o Brasil mais uma vez vire alvo de críticas e risadas, expondo ao mundo nossa incompetência estatal, a resposta deve ser não.

OK sendo realista passar vergonha virou nossa atividade principal, é claro que vamos responder “You son of a bitch, I’m in!” ao mesmo tempo em que já estaremos planejando o calote.



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