O faturamento bruto com o serviço de entregas de alimentos da Uber foi maior do que a receita obtida com o transporte de passageiros no segundo trimestre de 2020. O resultado foi apresentado no balanceiro financeiro da companhia, publicado ontem (6).
Nos meses de abril, maio e junho, os pedidos pelo Uber Eats mais que dobraram em comparação com o mesmo período de 2019, além de avançarem 49% em relação ao primeiro trimestre deste ano. O aumento na demanda se deve à maior quantidade de pessoas em casa, por causa da pandemia do novo coronavírus.
Por outro lado, as medidas de distanciamento social para evitar a disseminação da covid-19 afetaram as corridas particulares da startup. Houve uma queda nas solicitações de viagens pelo app acima de 70%, quando comparadas com as chamadas dos três primeiros meses do ano.
Os pedidos na plataforma de delivery aumentaram mais de 100% no período.Fonte: Unsplash
Segundo a companhia, o faturamento total no período foi de US$ 10,2 bilhões, somadas as receitas da plataforma de entregas, das viagens de carro e dos serviços de frete. Esta quantia é cerca de 35% menor que a obtida no segundo trimestre de 2019.
Bom, mas nem tanto
Apesar do aumento na demanda do Uber Eats, a empresa americana registrou um prejuízo líquido de US$ 1,78 bilhão no trimestre. O número é menor que o da mesma época no ano anterior (US$ 5,24 bilhões), quando a companhia teve vários gastos não recorrentes ao abrir seu capital na bolsa.
Esta mudança no faturamento também pode deixar a Uber um pouco mais distante de alcançar o plano de se tornar rentável. Como as corridas são mais lucrativas que o delivery, no geral, o processo de aumentar a receita acabará ficando mais lento.
Vale lembrar que, recentemente, o CEO da Uber Dara Khosrowshahi adiou a promessa de fazer a empresa rentável em 2020, sugerindo o ano de 2021 como o novo prazo.
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