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Valorant, cheaters e uma oferta de trabalho

No começo de junho a Riot Games lançou o Valorant, seu shooter tático baseado em equipes e que vem fazendo bastante sucesso. Mas como acontece com todo título baseado em partidas online, um dos maiores receios da desenvolvedora é que as partidas sejam invadidas por trapaceiros e para tentar evitar isso, o estúdio implementou uma estratégia interessante.

Valorant

Tendo que lidar com este tipo de problema há anos, a Riot adotou alguns sistemas de proteção no Valorant, no League of Legends e no Legends of Runeterra, mas além de protegerem os títulos dos trapaceiros, um deles também apela para a velha tática do “se não pode contra eles, junte-se a eles.

Conhecido como Packman, o sistema anti-trapaças traz uma mensagem no estilo ASCII e que só pode ser encontrada por aqueles que estiverem dispostos (e souberem) vasculhar os arquivos desses jogos. Nela podemos ler o seguinte:

Protegido pelo packman, um produto Riot Games. Desenvolvido com <3 pela equipe Anti-Cheat. Nós sempre contratamos indivíduos talentosos. Se você tiver encontrado esta mensagem, imploramos que dê uma olhada na nossa página de vagas de emprego e veja se tem algo que lhe interesse: https://www.riotgames.com/careers.

De acordo com um funcionário da empresa que preferiu se manter anônimo, esta é uma tentativa da empresa de convencer as pessoas que estão fazendo isso por hobby de que elas podem aproveitar seus conhecimentos para conseguir uma carreira na indústria de games. Além disso, a iniciativa poderia fazer com que aqueles que estão vendendo os sistemas de cheats percam o interesse neste tipo de negócio.

Donos de um dos jogos mais populares do planeta, a Riot tem investido pesado no combate às trapaças e uma das principais ferramentas para isso é um sistema desenvolvido internamente, o Vanguard. Funcionando em modo kernel, isso significa que a proteção começa a rodar assim que iniciarmos o Windows, com ele rastreando outros processos executados no computador para assim detectar e bloquear programas com vulnerabilidades que possam ser exploradas por hackers.

Como era de se imaginar, a ideia logo despertou desconfiança em algumas pessoas, que temiam que suas informações e atividades realizadas no computador poderiam cair nas mãos da Riot e que o próprio Vanguard poderia ter brechas que facilitariam invasões. Em resposta, a desenvolvedora tentou tranquilizar os jogadores e até lançou uma campanha em que promete dar até US$ 100 mil para quem descobrir essas vulnerabilidades.

Enquanto isso, o estúdio é mais um a continuar sua saga contra os trapaceiros e no caso do Valorant, mesmo aqueles que foram banidos durante o período de testes não terão acesso ao jogo, já que o bloqueio acontece por hardware.

Estaria então FPS livre daqueles que só conseguem se divertir tendo vantagem durante as partidas? Certamente não, já que essa é uma disputa armamentista que nunca terá fim. No entanto, é sempre bom ver que uma empresa está tentando sanitizar sua comunidade, nem que para isso seja preciso trazer o inimigo para o seu lado.

Fonte: Rocket, Paper, Shotgun.


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