Desde o ano passado, a escassez de chips vem afetando a indústria global, levando a atrasos e à alta de preços. O mercado de celulares não tinha sofrido grandes impactos até o momento, mas é provável que a situação mude a partir de agora, conforme levantamento divulgado pela Counterpoint Research na quinta-feira (30).
Segundo a empresa de pesquisa, a previsão de remessas de smartphones até o final de 2021, em todo o mundo, foi reduzida de 1,45 bilhão de unidades para 1,41 bilhão de aparelhos. Essa queda teria sido causada, em parte, pelos volumes mais baixos recebidos pelos fabricantes nos últimos meses.
Algumas companhias informaram ter recebido 80% do volume total de aparelhos solicitados no segundo trimestre, número que vem caindo para 70% no decorrer do terceiro trimestre. De acordo com o relatório, 90% da indústria foi afetada e o problema deve se manter até o final deste ano, pelo menos.
A previsão de vendas de celulares em 2021 foi reduzida por conta da falta de chips.Fonte: Counterpoint Research/Reprodução
Enquanto marcas como Samsung, Xiaomi e Oppo estão entre as que mais sofrem com a falta de semicondutores, levando à redução na previsão de crescimento do mercado, outras têm menos problemas. Uma delas é a Apple, que “parece ser a mais resiliente”, conforme comentou o diretor de pesquisa da Counterpoint Tom Kang.
Problema foi contornado em 2020
A falta de chips e outros componentes eletrônicos assombra o mercado desde o ano passado, afetando setores como o automotivo, que precisou paralisar temporariamente a produção no Brasil e vários outros países. Apesar disso, a indústria de celulares conseguiu crescer em 2020.
Mudanças no planejamento e a acumulação de componentes como processadores e sensores de câmera foram algumas das táticas usadas para superar o problema. Porém, as peças armazenadas estão acabando e as novas remessas não conseguem suprir a demanda, exigindo novas estratégias para contornar a escassez.
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