Virtual Boy e Vectrex estão entre os consoles mais ‘bizarros’ do mundo

A história dos videogames está repleta de projetos curiosos que fracassaram. Para cada PlayStation, Xbox e Nintendo bem sucedido, há uma legião de consoles estranhos, curiosos, ineficientes ou desconhecidos. Na lista que o TechTudo preparou, há alguns exemplos desses fracassos curiosos que, hoje, em muitos casos, são peças raras colecionáveis. Confira a lista que traz os piores videogames de todos os tempos A lista abaixo não segue nenhum critério de “mais estranho para o menos estranho”. Todos os exemplos selecionados tem níveis iguais de esquisitice. Conheça alguns consoles curiosos e obscuros. (Foto: Montagem/Filipe Garrett) 1- Sega Nomad Quando lançou o Saturno, a Sega decidiu criar uma versão de bolso do Mega Drive, chamada de Nomad. Parecia a solução ideal, já que o Game Gear não conseguia alcançar o sucesso do Game Boy, portátil de sucesso da rival Nintendo. Todo mundo ficou ansioso para ter a vasta biblioteca de jogos do Mega Drive num aparelho de bolso. Nomad foi o Mega Drive portátil que não era tão portátil assim (Foto: Reprodução/Wikipedia) O problema é que o Nomad era uma ótima ideia muito à frente do seu tempo. A tecnologia de semicondutores não estava avançada o suficiente e o que era para ser um console de bolso acabou ficando enorme. Pesava mais de dois quilos e era preciso usar cartuchos do Mega Drive, que acabavam aumentando as dimensões do console. Para usar longe da tomada, era preciso comprar uma bateria especial ou seis pilhas AA, que duravam pouco mais de uma hora. Para piorar, a tela de 3,2 polegadas era pequena demais. Download grátis do app do TechTudo : receba dicas e notícias de tecnologia no Android ou iPhone 2- Atari Jaguar CD O Jaguar CD foi uma revisão do Jaguar original desenvolvida como aposta da Atari para competir com PlayStation e Saturn. Jogos ruins e uma batalha perdida para atrair consumidores, em virtude da larga vantagem da Sony no mercado, selaram o destino do console. O console hoje é uma curiosidade e peça de colecionador. Jaguar CD foi uma versão bizarra em cima de um console fracassado (Foto: Reprodução/Crappy-Games) Um dos pontos mais estranhos do console, que era tecnicamente 64 bits, é sua aparência: muita gente comparou o design do Jaguar CD com um vaso sanitário, o que deu margem a intermináveis piadas sobre a qualidade dos jogos criados. 3- Panasonic Q Para muita gente, a Nintendo errou a mão quando não equipou o GameCube com um drive para DVDs. Enquanto PlayStation 2 e Xbox contavam com esse recurso, o console da Nintendo rodava um formato proprietário de mídia e acabou fora da febre pelos “players de DVD que também rodavam jogos”. Panasonic Q foi um GameCube com leitor de DVD e que nunca saiu do Japão (Foto: Reprodução/Wikipedia) Aí entra a Panasonic com o Q. O console, que nunca saiu do Japão, era um Nintendo GameCube equipado com um drive compatível com DVDs e manteve o jeitão quadrado do original, com direito a visor em LCD para controlar a reprodução dos DVDs e duas alcinhas no topo, ao contrário do GameCube, que tinha uma só. 4- Mattel Hyperscan A gigante fabricante de brinquedos decidiu criar seu console. O Hyperscan foi pensado como um produto para crianças novas para videogames de verdade. O bizarro é que o Hyperscan usava cartões especiais, que eram escaneados pelo console para serem jogados na tela. O bizarro Hyperscan foi lançado em 2006 (Foto: Divulgação/Mattel) O nome com “hyper”, a ideia de console para crianças e o próprio design do aparelho não seriam tão ruins se o produto tivesse aparecido em 1990. Mas o engraçado nisso tudo é que a Mattel lançou o Hyperscan em 2006, num ano de lançamento do PlayStation 3 e com o Xbox 360 fazendo sucesso nas vendas. 5- Pioneer Laseractive Em 1993, a Pioneer lançou um console para rodar games criados em Laserdisc, formato concorrente do DVD, que era maior fisicamente, mas retinha quantidades bem menores de dados. Caríssimo e usando um formato de mídia decadente, o Laseractive foi o console da Pioneer (Foto: Reprodução/Museo8bits) Os poucos jogos eram horríveis e o preço era muito alto: US$ 970 na época (com a inflação acumulada de 1993 a 2015, o valor ficaria em US$ 1.596, ou R$ 5.980, numa conversão direta do valor atualizado). Outros pontos negativos foram os Laserdiscs, na época já um formato moribundo, e os acessórios caros, como dois complementos que permitiam ao console da Pioneer rodar games do Mega Drive por US$ 600. Basicamente, a Pioneer pretendia que o consumidor tirasse US$ 1.500 (equivalente a US$ 2.470 atuais) para rodar jogos de um console que podia ser adquirido por US$ 200. 6- Vectrex Hoje, uma peça de colecionador cobiçada, o Vectrex foi uma experiência bizarra do começo dos anos 1980. O console exibia gráficos vetoriais: as imagens formadas na tela eram feitas de linhas retas. Não havia cor e nenhum preenchimento nos gráficos. Atualmente, o Vectrex é um cobiçado item de coleção (Foto: Divulgação) Outro elemento de bizarrice do console lançado em 1982 era o fato dele vir acompanhado pela tela limitada a preto e branco, em formato vertical. Para simular cor e mais elementos nos jogos, os usuários deviam colocar uma tela plástica no monitor. Ponto positivo eram os controles, com os primeiros passos dos comandos analógicos que usamos atualmente. 7- Wondermega JVC A JVC foi outro grande nome da indústria de eletrônicos que tentou criar seu próprio console no começo dos anos 1990. O Wondermega era uma reedição do Mega Drive e do Sega CD combinadas num único dispositivo. Wondermega foi um derivado melhorado do Sega CD (Foto: Reprodução/Sega Hardware) O Wondermega tinha som e imagem da melhor qualidade do que o console original da Sega e recursos interessantes, como uma entrada MIDI, permitindo que o usuário criasse suas músicas, usando o Wonder CD e um controle no formato de piano. Apesar de interessante, o aparelho da JVC sofreu do mesmo problema do Sega CD: chegou tarde no mercado e era um dispositivo caro demais para enfrentar o nascente PlayStation e demais videogames de CD da época. 8- Virtual Boy Nintendo Uma das previsões para o futuro dos games é a realidade virtual, com os primeiros headsets sendo lançados comercialmente no ano que vem, como o PlayStation VR e o Oculus Rift. Tentativa da Nintendo com realidade virtual, em 1995, foi mal sucedida (Foto: Divulgação/Nintendo) Mas em 1995 a Nintendo lançou o Virtual Boy, um headset de realidade virtual que também era um console. Vários problemas levaram o fim do projeto em um ano: os gráficos monocromáticos davam dores de cabeça e causavam enjoos. O headset em si, muito pesado, não era ergonômico e causava dores no pescoço pelo peso. saiba mais Lista reúne as maiores gambiarras e ‘bizarrices’ do mundo dos games Conheça Pippin, videogame caríssimo da Apple que foi um fracasso Veja lista com curiosidades e fatos divertidos do Super Nintendo Muito a frente do seu tempo, o Virtual Boy precisava ser fixo em dois pés, já que movimentos não eram suportados pelo sistema da Nintendo. A má impressão foi tão grande que a ideia de realidade virtual virou tema de ficção científica utópica para a indústria até surgir o Oculus Rift, mostrando que com a tecnologia atual o sonho da Nintendo é possível. Hoje, o Virtual Boy é um item extremamente raro e cobiçado entre colecionadores. 9- XaviXPorT O nome, em si, já vale uma menção na nossa lista de consoles obscuros e bizarros. Mas o ponto de destaque desse videogame lançado em 2004 é que ele era apoiado pela ideia de controles por movimento e em jogos esportivos casuais, exatamente como o Nintendo Wii, lançado dois anos depois. O obscuro XaviXPorT trouxe a inovação dos controles por movimento dois anos antes do Nintendo Wii aparecer (Foto: Reprodução/TheGameConsole) Cada jogo do XaviXPorT tinha seu próprio controle, como raquetes para tênis, luvas para box, taco para baseball e etc. Assim como o Wii, ele identificava os movimentos reais do jogador como forma de interação com os jogos. Sem o poder de promoção da Nintendo, acabou ficando pra trás e falhando em chamar a atenção dos mais de 100 milhões de consumidores que acabariam encantados pela interação promovida pelo Nintendo Wii. 10- Action Max Essa bizarra ideia dos anos 1980 tinha apenas uma pistola como controle e rodava, literalmente, jogos armazenados em fitas VHS. Os jogos eram, na verdade, filmagens de alvos que o jogador precisava acertar com a pistola. Action Max dependia de vídeocassete para reproduzir “jogos” que consistiam em gravações VHS (Foto: Reprodução/TheOldComputer) O sistema usava sensores infravermelhos para identificar os tiros do jogador e dependia de um videocassete para funcionar, responsável por ler a fita VHS. Não é preciso dizer que o Action Max foi uma catástrofe comercial com a impressionante marca de apenas cinco jogos lançados. Qual é o melhor emulador para jogos no smartphone?  Opine no Fórum do TechTudo.
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