Waze quer incrementar mapas com dados de prefeituras brasileiras

O Waze lançou no Brasil o programa W10, que visa reunir prefeituras de diversas cidades do país em torno de parcerias para obter dados oficiais de trânsito e, assim, melhorar os mapas exibidos no smartphone. O projeto foi iniciado em 2013 com um piloto no Rio de Janeiro por ocasião da visita do Papa, e agora começa a expandir para outras cidades.  Big Data no trânsito: Rio ganha painéis eletrônicos com dados do Waze Rio de Janeiro foi primeira cidade a receber dados do Waze para melhorar tráfego (Foto: Reprodução/Waze) A companhia, adquirida pelo Google há pouco mais de um ano, fornece seus dados de tráfego gratuitamente aos gestores das cidades participantes e, em troca, obtém notícias sobre bloqueios de vias e outras informações em primeira mão para ajudar os condutores a percorrerem o melhor caminho na ida ao trabalho ou de volta para casa. Por outro lado, as companhias de trânsito brasileiras podem utilizar os dados gerados pelos usuários do Waze para incrementar o planejamento urbano e buscar evitar acidentes e congestionamentos. Não há custo de implementação ou para fornecimento de informações de ambas as partes. O Waze criou uma camada por cima do software utilizado pela prefeitura do Rio de Janeiro para facilitar a visualização das informações de tráfego fornecidas pelos usuários. No Centro de Operações da Companhia de Engenharia e Tráfego da cidade, um telão mostra os mapas oficiais, imagens de câmeras públicas e os dados do Waze no mesmo lugar. Telão exibe informações de tráfego da cidade com informações do Waze (Foto: Reprodução/Waze) O programa começou no Rio e hoje já conta com 15 cidades participantes no mundo inteiro, como Jacarta e Nova York. Junto com São Paulo, que ainda não faz parte da iniciativa, essas localidades estão entre as maiores em números de usuários ativos do serviço, ou seja, que usaram o app pelo menos uma vez no último mês – nos países, o Brasil reveza as duas primeiras colocações com os EUA. “Aceitamos um convite do prefeito do Rio e colocamos nossos dados à disposição sem custos para que o núcleo de trânsito use como julgar melhor para melhorar a vida dos condutores. Nossa parte é informar sobre áreas de perigo e outros alertas aos usuários”, explica  a representante do Waze na América Latina, Flavia Sasaki. Como a tecnologia funciona Sistema da prefeitura é melhorado com dados do Waze e Google (Foto: Reprodução/Waze) O Waze opera graças às informações postadas pelos usuários, mas a tecnologia já avançou o bastante para que, sem precisar digitar nada, o condutor informe dados relevantes para avaliar o tráfego de uma cidade. Na prática, se o app está aberto no celular, os analistas da empresa conseguem entender os fluxos de veículos de uma cidade inteira. saiba mais HERE Maps, app de mapas da Nokia, chega ao Android oficialmente Tinder, app de encontros, ganhará modo ‘premium’ com funções pagas Aprenda a usar o app ProtesteAgora e conheça os direitos do consumidor Guia de compras de Câmeras e GPS para o Natal Como sincronizar os favoritos do Waze entre diferentes Gadgets? Comente no Fórum do TechTudo O objetivo do aplicativo evoluiu de “economizar pelo menos cinco minutos dos usuários” para um hub com informações de todo o tipo no decorrer do trajeto. A interface vem cada vez mais mostrando anúncios e ofertas de estabelecimentos parceiros, o que, segundo Sasaki, é suficiente para gerar receita e impedir que tenham que colocar um preço sobre sua base de dados. “Nós não vendemos os dados, ao menos não nesse momento”, explica a executiva. “Temos uma saúde financeira decorrente da publicidade que nos permite disponibilizar nossos dados gratuitamente para prefeituras”. O objetivo, segundo pregam, é melhorar a qualidade dos mapas e, com isso, conquistar mais público. A partir de outubro, a companhia israelense começa a fechar novas parcerias do Programa W10 no Brasil. Vitória e Petrópolis já selaram acordo, e Porto Alegre, Salvador e Florianópolis estão nos planos. Ainda é uma iniciativa pequena, mas que, em breve, promete fortalecer a infraestrutura de trânsito das grandes cidades brasileiras.

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