Wild West promete uma experiência única em um velho oeste híbrido

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Dois anos após seu anúncio, Weird West próximo de seu lançamento. Esse ARPG top-down de cowboys é o primeiro jogo da WolfEye Studios, desenvolvedora formada por profissionais experientes de todo mundo, incluindo Raphaël Colantonio e Julien Roby, ex-funcionários da Arkane Studios, trabalhando em títulos como Prey e Dishonored.

A proposta de misturar elementos fantasiosos ao velho oeste, uma exploração não linear e uma gameplay aberta para diversos estilos agradou a Devolver Digital, popular publisher de jogos indies, que nos convidou a bater um papo com os desenvolvedores e conhecer mais sobre o game.

Pouca grana, muita criatividade

Weird West compensa seu baixo orçamento com boas ideias. Começando por sua direção de arte estilizada, que lembra o clássico dos quadrinhos Tex. Esse traço específico faz com que a mistura do real com o fantasioso não só se torne mais natural como também torna a experiência mais imersiva.

Junto a isso, temos áreas menores, mas extremamente exploráveis e abertas a estratégias originais, ficando a cargo da imaginação do jogador como resolver cada obstáculo, conflito e situação em que se encontra. Isso demonstra a expertise dos desenvolvedores em contar histórias fascinantes e  apresentar experiências envolventes mesmo sem rios de dinheiro disponíveis.

Sangue no olho e bala na agulha

O combate valoriza a criatividade do jogador. Ao mesmo tempo que se pode atirar em tudo o que se move, como algum clássico personagem de Clint Eastwood, é possível usar o ambiente e diversos itens para distrair os adversários, matar sorrateiramente ou mesmo ser diferentão na forma de assassinar quem opor seu caminho. Uma forma interessante é quebrando um lampião perto de um inimigo e atirando em sua direção, o que irá incendiar o óleo do item e queimará até a morte aquela pobre alma.

Todos os adversários, humanos ou não, derrubam itens que podem ser carregados na mochila e usados durante suas aventuras. Além disso, eles podem ser enterrados, caso haja algum tipo de bondade em seu coração após toda a matança.

Segundo Raphaël Colantonio, presidente e diretor criativo do estúdio, é possível evitar muitos confrontos, incluindo alguns aleatórios que podem acontecer, no maior estilo Pokémon, mas não é possível terminar a aventura sem sujar as mãos de sangue.

Um mundo vivo, criativo e curioso

Alguns outros sistemas bem interessantes que valem a pena serem citados são o de clima, havendo uma pequena possibilidade de um pequeno tornado invadir o mapa e jogar tudo para os ares, você pode recrutar NPCs para te ajudarem na aventura, morrendo por ti ou salvando sua pele, e há interrogatórios que são feitas para revelar novas informações sobre grupos, tesouros ou missões.

E, como se isso não bastasse, o jogador pode retornar para locais explorados anteriormente para revisitar, enfrentar novos inimigos e conferir se não deixou nada para trás, mostrando que a ideia de “exploração não-linear” não faz parte somente da campanha de marketing.

Após a apresentação, posso afirmar que Weird West não é só hype, mas sim um projeto simples e ambicioso que promete colocar a WolfEye Studios como uma grande desenvolvedora de projetos e atestar que dificilmente a Devolver dorme em serviço. O game será lançado na primavera desse ano, ou seja, entre setembro e dezembro.

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