Zumbis d’Oeste: jogo brasileiro traz mistura de ‘bang-bang’ com mortos-vivos

Zumbis d’Oeste é um jogo brasileiro com temática western lançado neste mês de agosto para Android e Facebook . Para entender melhor o desenvolvimento do game de tiro no deserto, a coluna Geração Gamer entrevistou o criador Juliano Costa (21), que levou seis meses no projeto e fez uma tradução para 12 idiomas. Confira. Estudantes criam jogos inspirados em mulheres, livros de terror e diversão  Juliano Costa, o criador de Zumbis d’Oeste (Foto: Arquivo Pessoal) Jogo autoral A coluna perguntou se o jogo contou com uma equipe e em quanto tempo foi criado. Juliano respondeu que fez um game autoral. “O jogo foi desenvolvido por mim e levou em torno de seis meses para que a primeira versão fosse lançada. É interessante saber que não foi utilizado nenhum motor ou engine no game, mas sim uma biblioteca própria desenvolvida juntamente com o jogo”, disse. Sem engine e sem um molde mais definido, Juliano Costa teve uma liberdade de criação acima do comum. “A ausência de motor de jogo me deixou livre para criar qualquer coisa, desenvolvendo diretamente no Android. A criação de uma biblioteca própria traz ainda outras vantagens como a fácil modificação e futuras expansões”, completou. Game brasileiro de zumbis não usou engine própria e foi desenvolvido em cima da plataforma Android (Foto: Divulgação) Diferente de outros desenvolvedores, Juliano Costa optou apenas pelo Facebook e por Android como plataformas de Zumbis d’Oeste. “O Android é popular e é por isso que quis desenvolver nele, enquanto o Facebook foi usado para que os jogadores possam postar seus recordes em seus murais. As plataformas iOS e Windows Phone são igualmente atraentes, porém ainda não tive disponibilidade de tempo e financeira para desenvolver para elas”, explicou. O autor do jogo disse que desenvolveu intuitivamente, sem pensar muito no formato de gameplay. “Tive a ideia inicial de fazer um shooter, um jogo de tiro, touchscreen e nunca pensei em algo diferente. Fiz o que eu imaginei por insight. E, sinceramente, gostei do resultado”, disse Juliano. Bangue bangue faroeste zumbi “O Zumbis d’Oeste surgiu da seguinte maneira: Criei objetos esféricos em um ambiente 3D vindo em minha direção. Meu personagem disparava flechas nesses objetos. Aquilo parecia ser divertido, apesar de maluco. Merecia virar jogo”, disse Juliano. A mecânica do jogo não mudou muito, trocando apenas as bolas por zumbis, com um personagem armado. Jogo recompensa quem matar mais zumbis (Foto: Divulgação) “Com este primeiro insight, eu desenhei alguns esboços pra ver como ficaria. Escolhi zumbis para serem batidos e coloquei armas de fogo no lugar de arcos e flechas. Isso me animou a usar tiros que lembrassem o Velho Oeste, o ‘bang-bang’. Foi assim que criamos Zumbis d’Oeste para tratar de uma invasão de zumbis no deserto”, afirmou o desenvolvedor. E Juliano completou: “A missão do jogador é ajudar a aniquilar estes zumbis antes que eles ultrapassem as barreiras do deserto e iniciem uma devastação pelas cidades vizinhas”. Modelo de graça, mas só no download “Com base em pesquisas atuais percebi que o melhor modelo de jogo para se obter lucro é o modelo freemium. Nele, o jogo é baixado gratuitamente e dentro dele são oferecidos produtos para compra, como moedas, diamantes ou aquisição de uma conta especial”, explicou Juliano Costa sobre o modelo que ele gostaria para o Zumbis d’Oeste. No final, não foi isso que aconteceu com seu game. Zumbis d’Oeste funciona apenas em Android e Facebook (Foto: Divulgação) “O modelo freemium não é criado facilmente por apenas um desenvolvedor, o que levaria muito tempo. Então me restou fazer dois modelos, o premium e o com publicidade. O primeiro é basicamente o Freemium, porém sem download gratuito. Já a propaganda é baixada gratuitamente e possui banners durante o jogo. Eu optei pela publicidade dentro do game por ser iniciante”, afirmou. Tradução em 12 idiomas Juliano Costa utilizou tradutores automáticos e procurou transpor os textos do game para inúmeras línguas. Obviamente há erros de texto, mas o desenvolvedor buscou atingir um público maior tentando transpor os limites do português ou mesmo do inglês. “Eu mesmo me encarreguei de fazer as traduções. Tentei relacionar os idiomas mais falados no mundo e o número de dispositivos Android ativos por região. Escolhi 12 idiomas em potencial: Árabe, alemão, coreano, espanhol, francês, híndi, inglês, japonês, mandarim, português, russo e vietnamita”, afirmou. Jogo de flechas virou western com zumbis (Foto: Divulgação) A visão dele sobre games Juliano Costa fez faculdade de Sistemas da Informação e começou nos games aos 6 anos com o Super Nintendo. Gostava do personagem Goku, de Dragon Ball , e lamenta o fato dele não ter participado em muitos jogos de sua infância. Ele é fã também de Harvest Moon do primeiro PlayStation. “Eu acredito que o mercado brasileiro de jogos está muito aquecido e deve continuar crescendo, temos excelentes profissionais aqui. No entanto, este mercado sempre oferecerá risco, o que é a maior barreira para criá-los no Brasil. Podemos ser ainda maior caso a gente arrisque um pouco mais”, finaliza. Qual é melhor jogo para Facebook? Comente no Fórum do TechTudo. saiba mais Splitplay, a ‘Steam brasileira’, passará a divulgar games latino-americanos KorruPTus: game brasileiro critica política com personalidades conhecidas ‘Brasileiros costumam jogar bem Pokémon’, diz vencedor da Copa Smogon Brasileiros querem captar R$ 40 mil para fazer jogo medieval retrô

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