Netflix, Apple TV+, Prime Video: vale assinar todos eles?

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A guerra do streaming começou: nos próximos meses, plataformas já estabelecidas como Netflix, Amazon Prime Video e Globoplay sofrerão concorrência pesada de novos desafiantes, como Apple TV+, HBO Max, Disney+ e outros, cada uma com conteúdos exclusivos.

Para o consumidor, a pergunta principal é: “vale a pena pagar por todos esses serviços?” Para responder essa dúvida, colocamos na ponta do lápis os preços dos principais serviços disponíveis no Brasil, para que você saiba até onde está disposto a gastar.

mohamed_hassan / Streaming / Pixabay

Quem é quem no mundo do streaming

Existem inúmeros serviços de streaming, entre os mais e menos populares, com conteúdos para toda a família ou de nicho, baratos e caros, com planos gratuitos ou não. Apple, Disney, Warner e cia. limitada podem chegar fazendo barulho, mas não vão encontrar nenhum deserto.

Primeiro, vamos avaliar os serviços de streaming de vídeo já disponíveis no Brasil:

1. Netflix

Netflix / streaming

O serviço mais popular do mercado é o primeiro que todo mundo lembra quando o assunto é streaming. Além de contar com um grande catálogo de produções de parceiros (que é um tanto rotativo), desde 2014 a companhia começou a investir pesado em produções originais das mais diversas, que trouxe obras como as séries em parceria com a Marvel (Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro e Os Defensores), Orange is the New Black, Marco Polo, Sense8, Love, Death & Robots e etc.

Como ponto contra, a Netflix é a única que tem planos distintos com quantidade de telas simultâneas e resolução máxima.

  • Mensalidade: R$ 21,90 (uma tela e resolução HD), R$ 32,90 (duas telas e Full HD), R$ 45,90 (quatro telas, 4K, HDR10/Dolby Vision).

2. Amazon Prime Video

O Prime Video figura entre os planos com a melhor razão custo/benefício, dada a grande quantidade de títulos disponíveis e o preço baixo, que não limita resolução máxima: dependendo do seu dispositivo, você pode assistir em 720p, 1080p ou 4K, sempre pelo mesmo valor. A força do Prime está principalmente em sua grande quantidade de filmes e obras originais de destaque, como American Gods e Belas Maldições, ambas adaptações de obras de Neil Gaiman, The Boys e o show automotivo The Grand Tour, além da futura Star Trek: Picard.

Por outro lado, há quem diga que o Prime Video foca mais em quantidade do que em qualidade, ao menos no que diz respeito ao conteúdo não-original.

  • Mensalidade: R$ 9,90 (incluso no Amazon Prime).

3. Globoplay

Globoplay / streaming

A Globoplay é um serviço especial para o público brasileiro, por contar com boa parte do acerto histórico e atual da Rede Globo. É possível ter uma conta gratuita e acessar a programação ao vivo da emissora (apenas da sua região), bem como alguns programas, mas para ter acesso total é preciso assinar. Há desde novelas, programas de variedades e séries originais, a outras de terceiros adquiridas pela Globo em parceria com diversos estúdios.

Claro, para quem não está interessado no acervo da emissora, o Globoplay não é tão interessante assim.

4. Record PlayPlus

Record PlayPlus

O Grupo Record também possui um serviço de streamingo, o PlayPlus. Ele conta com conteúdos de parceiros como ESPN, Disney XD e Disney Channel e disponibiliza até mesmo rádios online e podcasts, além do próprio acervo. O app dá direito, através de uma conta gratuita à programação ao vivo da Rede Record de Televisão, enquanto o restante é atrelado a uma assinatura. No catálogo, produções exclusivas e parte do acervo histórico da emissora, com programas clássicos como os Festivais da CançãoFamília TrapoEspecial Elis ReginaPrograma Flávio CavalcantiTroféu Roquette-Pinto e outros.

Assim como acontece com a GloboPlay, quem não curte TV não verá muito sentido no Record PlayPlus.

  • Mensalidade: R$ 12,90 no plano PlayPlus (conteúdo original e histórico da Record), R$ 32,80 no plano Kids e Esportes (plano PlayPlus + ESPN e Disney).

5. Telecine Play

O Telecine Play é a versão VOD (vídeo sob demanda) do Telecine. O serviço permite que o assinante assista quando quiser a qualquer filme que já tenha sido exibido em qualquer um dos seus vários canais. O app é compatível com diversos aparelhos e é possível acessar o conteúdo em até 3 telas simultâneas, em alta definição. A assinatura dá direito a descontos de até 50% em ingressos de cinema das redes Kinoplex e UCI.

Como ponto negativo, o valor da assinatura não é lá dos melhores.

6. HBO Go

O HBO Go é o aplicativo atualmente disponível no Brasil (mais sobre a seguir) com o conteúdo da HBO. Inicialmente disponível apenas para assinantes do canal, o serviço foi posteriormente liberado para todos, podendo ser assinado separadamente. No catálogo, séries como Game of ThronesWestworld, Chernobyl, The SopranosRomeBoardwalk Empire e várias outras.

Como ponto negativo, o HBO Go não conta com uma versão para desktop via navegador, apenas por apps.

7. Esporte Interativo Plus

Para os amantes do esporte bretão, o Esporte Interativo Plus (ou EI Plus) é um prato cheio. O serviço traz transmissões ao vivo e conteúdo sob demanda de diversos campeonatos de futebol, como a Champions League, a Eurocopa e o Campeonato Brasileiro, além de conteúdos originais, como programas de “mesa redonda”.

Claro, para quem não é fã de futebol, o EI Plus é menos do que interessante.

8. Crunchyroll

O Crunchyroll é o serviço para quem é fã da cultura japonesa. Ele conta com um enorme catálogo de animes, desde clássicos como One Piece e Os Cavaleiros do Zodíaco a atrações recentes, que graças a acordos entre a WarnerMedia (dona da plataforma) e estúdios japoneses, são disponibilizados, com legenda com apenas 24 horas de diferença. É possível ter uma conta gratuita e assistir aos animes e doramas (as séries com atores) com propagandas, mas a assinatura dá direito a um serviço adicional com vários mangás, os quadrinhos japoneses.

Por ser um serviço de nicho, o Crunchyroll não é uma plataforma indicada para quem não é fã de animes, mangás e doramas.

Correndo por fora, há serviços como Fox Play e Cartoon Network Já!, que dão acesso aos conteúdos dos canais FOX e Cartoon Network respectivamente, mas que são oferecidos apenas aos assinantes dos respectivos canais, ou em pacotes com planos de internet de certas operadoras; não é possível adquiri-los separadamente.

 

Here comes the new challengers

Agora vamos dar uma olhada nos serviços de streaming que estão a caminho:

1. Apple TV+

Apple / Apple TV+

A Apple TV+ chega neste mês ao Brasil e mais 100 países, sendo a primeira grande concorrente da Netflix entre os novos players a estar globalmente disponível logo de cara. A Apple joga com o prestígio de seu nome e sua filosofia, se focando em conteúdos sem sexo, violência, palavrões ou temas controversos, por isso mesmo está se focando em qualidade e não em quantidade, com nomes e peso ao seu lado como JJ Abrams, Steven Spielberg, Oprah Winfrey, Reese Witherspoon, Jennifer Aniston e M. Night Shyamalan.

Entre as obras disponíveis na estreia, destacam-se For All Mankind, uma reinterpretação da Corrida Espacial onde os soviéticos chegaram primeiro à Lua, See, com Jason Momoa e Alfre Woodard, sobre um futuro onde a humanidade perdeu o dom da visão, The Morning Show, uma comédia com Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell; na fila produções como a nova Amazing Stories, de Steven Spielberg e a Trilogia da Fundação, produzida por David S. Goyer e Josh Friedman.

  • Quando chega: 19 de setembro de 2019;
  • Mensalidade: R$ 9,90.

2. Disney+

Menu do Disney+

A Disney+ é a grande aposta da Disney para chacoalhar com o mercado de streaming, graças à força de suas marcas. Além de todo o catálogo original da Casa do Mickey, o serviço contará com as produções da Pixar, Marvel Studios e LucasFilm, reunindo num só lugar inúmeras histórias, de filmes a séries e animações para toda a família. Ele trará também produções originais, como Star Wars: O Mandaloriano, a primeira série da franquia em live-action, bem como novas séries do MCU.

  • Quando chega: 12 de novembro de 2019 (EUA), em 2020 (Brasil, previsto);
  • Mensalidade: US$ 6,99/mês ou US$ 69,99/ano (ainda sem preços para o Brasil).

3. HBO Max

WarnerMedia / HBO Max

Outro grande incômodo para os serviços já estabelecidos, o HBO Max vai reunir sob um guarda-chuva comum todo o gigantesco acervo da WarnerMedia, a saber produções originais HBO, CNN, TVT, TBS, truTV, Cartoon Network, Adult Swim e CW, produções originais da Warner Bros., DC Entertainment, Turner e Rooster Teeth, filmes da Warner, DC e New Line e até mesmo o conteúdo licenciado e original do Crunchyroll. A Warner também está de olho em parcerias e já firmou uma com a BBC, garantindo para o serviço Doctor Who, The Office (a versão britânica) e Top Gear.

O grande problema é que são grandes as chances do HBO Max não chegar ao Brasil: segundo o CADE, a plataforma é considerada “propriedade cruzada” e por isso, de acordo com a Lei Nº 12.485/2011 (a Lei da TV Paga), não pode ser ao mesmo tempo empresa de telecomunicações e produtora de conteúdo; em nota, o VP Executivo da WarnerMedia Jim Meza confirmou que “por causa da incerteza regulatória existente no país”, não há planos de investir no Brasil nesse sentido até que tal situação seja resolvida, o que pode não acontecer.

  • Quando chega: Em 2020 (EUA);
  • Mensalidade: Não divulgada.

3. Peacock [NBCUniversal]

Recém anunciado, o Peacock é o serviço de streaming da NBCUniversal, que trará num só lugar séries clássicas como House, Brooklyn Nine-Nine, Bates Motel, Downton AbbeyEverybody Loves Raymond, Frasier, Friday Night Lights, Monk, 30 Rock e Parks and Recreation Saturday Night Live, além de conteúdos novos e reboots de Battlestar Galactica e Punky, A Levada da Breca (!).

Para os brasileiros, assim como o HBO Max o Peacock pode não chegar por aqui, por causa da propriedade cruzada: a NBCUniversal pertence à Comcast, conglomerado de telecomunicações.

  • Quando chega: Em 2020 (EUA);
  • Mensalidade: Não divulgada.

A balcanização do streaming e o fim do sonho

Se formos reunir apenas as mensalidades dos serviços disponíveis no Brasil, incluindo Apple TV+ que está prestes a estrear e selecionando os planos mais caros da Netflix e Record PlayPlus, temos o exorbitante valor de R$ 230,10 mensais, nada diferente de um plano de TV por assinatura dos mais completos. Foram desconsiderados no cálculo planos de internet que dariam direito a serviços como Fox Play e Cartoon Network Já!.

O grande, enorme problema é que o streaming surgiu como uma forma de oferecer aos usuários acesso a conteúdos a hora em que desejassem, por um preço justo e num primeiro momento, com um guarda-chuva único; a Netflixfechava acordos com estúdios e emissoras para que as mesmas disponibilizassem suas produções, assim todos ganhavam.

afra32 / streaming / Pixabay

Claro, com o tempo todo mundo percebeu que era muito mais lucrativo criar o seu próprio serviço, com Black Jack e damas que trocam favores por dinheiro, do que perder uma parcela de seus ganhos para o então “parceiro”, que com o tempo virou concorrente. A Apple, que nunca foi com a cara da Netflix também ajudou a criar esse cenário.

O sonho de ter tudo em um só serviço, uma alternativa excelente à pirataria não passou de uma utopia, e em pouco tempo surgiu a balcanização, a fragmentação forçada da Netflix em uma série de novos serviços concorrentes, cada um com um preço. Com isso, o usuário se viu obrigado a escolher entre duas alternativas:

  1. Praticar a rotatividade, assinando serviços conforme suas produções favoritas estreassem nesse ou naquele plataforma, ou…
  2. Cancelar todas as assinaturas e voltar à pirataria.

Adivinhe o que a maioria escolheu.

Eu vou ser o Rei dos Piratas!

South Park / streaming

O público não perdoou o olho gordo dos estúdios e plataformas. Em 2018, a Sandvine detectou pela primeira vez um crescimento acentuado no uso de serviços de BitTorrent para o download de conteúdos protegidos por direitos autorais em anos, de 32,4%, quase que em sincronia com o crescente número de plataformas de streaming.

Em 2019, o número de acessos à Locadora disparou em 45% (cuidado, PDF), deixando claro que o usuário comum não está nem um pouco interessado em revezar suas assinaturas; o que ele quer mesmo é tudo ao mesmo tempo agora.

Esse é um cenário que não tem solução. Por mais que Netflix, Amazon, Disney, Apple, Warner e outras plataformas de streaming se estapeiem feio a partir de 2020, todas terão um grande inimigo comum a enfrentar, que estava quieto na dele tomando rum e cuidando do seu papagaio, mas que por força das circunstâncias, foi forçado a colocar de novo a perna-de-pau, o tapa-olho e voltar a singrar os mares piratas, mais forte do que nunca.

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