O PlayStation 5 pode ter um preço inicial mais elevado do que o de costume para consoles: fontes próximas informam que por causa de dificuldades em manter o valor sugerido inicial atrativo por causa do custo dos componentes, a Sony estaria estudando limitar a produção e a oferta inicial de unidades no lançamento, agendado para o fim de 2020 até o fim do ano fiscal, em março de 2021.
As informações foram apuradas pelo site Bloomberg, que citam fontes próximas à cadeia de produção da Sony Interactive Entertainment (a divisão PlayStation). Anteriormente, fontes já haviam apontado que a companhia estaria tendo dores de cabeça com os custos, principalmente envolvendo um suprimento constante de memórias Flash (armazenamento) e NAND (RAM).
O motivo é simples: a demanda por este tipo de componente aumentou muito nos últimos anos, com smartphones usando cada vez mais memória. O modelo de ponta do Samsung Galaxy S20 Ultra, por exemplo, conta com 512 GB de espaço interno e 16 GB de RAM; como sabemos, celulares vendem muito mais do que consoles de videogame, que sob todos os aspectos são os gadgets eletrônicos de maior vida útil, enquanto consumidores pagam valores altos para terem o iPhone ou Android do momento, todos os anos.
Como a Sony (e por tabela, a Microsoft) não possui seu próprio Campo de Distorção da Realidade, que leva pessoas a gastarem os tubos no meio de uma pandemia para colocar as mãos em um novo iPhone, as especificações ambiciosas do PS5 (16 GB de RAM, taxa de quadros de 120 fps, ray tracing, som espacial, armazenamento ultrarrápido, possível suporte a 8K e etc.) e o custo dos componentes teriam levado a um preço de venda inicial alto.
Segundo análises externas, o console teria que ser vendido por um valor acima de US$ 450 (preço de custo estimado) para ter lucro desde o início, embora seja tradição no mercado tais produtos chegarem às lojas dando prejuízo, assim, as vendas dos jogos compensavam as perdas. No entanto, o PS4 representou uma mudança nessa mentalidade: ele foi lançado em novembro de 2013 por US$ 399, com um custo para a Sony de US$ 381 por unidade.
Internamente, a Sony estaria dividida entre executivos que querem vendê-lo com prejuízo e lucrar nos games, para enfrentar o Xbox Series X que pode ter um valor mais comedido (provavelmente vendendo-o por entre US$ 399 e US$ 449), e outros que preferem repetir a estratégia do PS4 e ter lucro com o console agora, o que poderia fazer com que o PlayStation 5 chegue às lojas custando a partir de US$ 499.
Independente da decisão tomada, a Sony estaria preocupada com uma retração nas vendas entre o lançamento e o fim do ano fiscal, e para não ter prejuízos, estaria limitando a produção de consoles entre 5 e 6 milhões de unidades para o período; a justificativa oficial seria o desinteresse do público frente a um preço alto, o que dá indícios de que os executivos pró-lucro teriam ganho ou estariam ganhando a disputa interna.
No entanto, é bastante provável que a pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-19) também tenha feito sua parte; é importante lembrar que a manufatura do PS5 e do Xbox Series X é a Foxconn, que tem sua própria cota de problemas. A Sony afirma que a doença não prejudicará os planos para o console, cujo lançamento continua agendado para o fim de 2020.
De qualquer forma, tais informações são rumores e só nos resta aguardar por mais informações oficiais da Sony a respeito do PlayStation 5, cujo preço ainda não foi definido.
Com informações: Bloomberg.
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